Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

sábado, 24 de fevereiro de 2007

O mito do demônio (Parte 01)

( Texto publicado no FotoBlog http://gourasundar.gigafoto.com.br )

O mito do demônio (Parte 01)
( Gourasundar Dasa BhS )

É lamentável que exista uma difusão tão grande de um mito tão absurdo como ode um Mal Personificado, ou seja, um Demônio e inimigo de Deus. Nessa primeira frase já podemos analisar o quanto esse conceito de umDemônio, Capeta, Diabo, etc., é algo sem nenhum sentido. Pois se Deus éabsoluto e supremo, e isso é algo que todas as religiões concordam juntas, nãose pode aceitar que esse Deus possa ter um “concorrente”, tal como um Demônio,de forma geral. Sabemos hoje que o mito do Diabo é algo relativamente recente na humanidade,pois religiões muito antigas que remontam a milhares de anos atrás não tinhamqualquer relação com isso e mesmo se pegarmos a verdadeira noção de religião deforma geral, ou seja, religar o homem ao Homem Supremo, Deus, nada importa oDiabo, nada influencia e nada faz sentido essa noção de um mal superior. Mesmoas religiões mais novas e recentes tiveram suas origens em conceitos muitodiferentes dos que hoje se apregoa. Os grandes santos e homens de verdadeira integridade espiritual semprecultivaram o amor a Deus, aos outros, á Terra, aos animais, assim comocultivavam, praticavam e ainda praticam em suas vidas diariamente a bondade e acompaixão, a auto-realização, a felicidade interior plena e a pureza decoração, mente e palavras, e claro, o total destemor. Essas são algumas dasqualidades cultivadas e facilmente vistas nessas pessoas santas, e isso podemosencontrar em muitos homens e mulheres em diferentes seguimentos religiosos,sejam no Oriente ou no Ocidente, até mesmo no cristianismo, onde esse mito doDiabo foi mais difundido e, segundo alguns, criado por antigos reis e/ouclérigos com o intuito de arrebatar novos “fiéis” através do medo de não setornarem cristãos. De fato que outros seguimentos utilizaram-se desse mitotambém, tal como o Islamismo e todas as linhas dos “novos” cristãos. Emboraseja muito raro, ou quase inexistente encontrar esse tipo de coisa, nos moldes explícitos aqui, em linhas religiosas como “hinduismo” e suas diversasvertentes (Vaishnava ou Hare Krishna, Mayavadis, etc.), budismo (que embora nãoseja uma religião é vista como tal), alguns seguimentos do Judaísmo, Jainismo,etc., logo podemos encontrar esse mito em especial no cristianismo e maisexplicitamente no cristianismo-protestante e nos chamados, “novoprotestantismo” ou “neo-protestantismo”, que seriam os evangélicos, oupopularmente conhecidos como “crentes”. Mas de forma geral, esse mito é muito questionável, quando levamos emconsideração a noção de Deus, em qualquer religião, qualquer seguimento, desdeque baseados em escrituras autênticas das quais cabe alguma discussão aqui. Como Deus, seja qual o nome que você preferir chama-lO, poderia ter uminimigo, um inimigo supremo ? Isso é incongruente. Não cabe na noção de Deus,pois Ele não está sujeito aos defeitos dos seres humanos condicionados pelosmodos da matéria, ou seja, aceitar algum inimigo, ter algum inimigo, existiralgo que realmente se coloque perante Ele de forma contestadora. Nem Ele, Deus,poderia se sujeitar a tal bobagem. Segundo as sagradas escrituras védicas, asmais antigas do mundo, embora Deus tenha vindo em pessoa á Terra, na Sua formaeterna e original como Krishna, há mais de 5.000 anos, Ele jamais é ou foicontrolado ou influenciado pelos modos da natureza material, a saber, Bondade,Paixão e Ignorância. Isso é claramente afirmado no sagrado Bhagavad-Gitatambém, o livro que registra a conversa entre Krishna, a Suprema Personalidadede Deus e seu amigo e devoto Arjuna. Qualquer pessoa que acredite num Criador Superior, ou seja, Deus, concordaque Ele é um Ser Supremo, criador e origem de tudo. Obviamente que acreditar noDemônio implica em ter uma noção religiosa, transcendental, espiritual, poisessa noção exposta pelos que cultivam esse mito do Demônio ou Diabo estádiretamente relacionada com o sutil e não única e exclusivamente com a matéria(o que discordamos), já que o mito do Demônio requer aceitar que ele está numInferno, controlando e influenciando as pessoas nesse mundo e até em outros, seé que acreditem em vida em outros planetas, mas isso é outro assunto. Sem dúvida que existe muitos planetas, sistemas e universos e muitas vidas emtodos eles, assim como os planetas superiores e inferiores á Terra. Nessesplanetas inferiores a vida é o que poderíamos de fato caracterizar comoinfernal, porém, não tem nenhuma relação com o mito do Capeta ou Satanás, comoexplicaremos a diante. Nesse ponto temos que acrescentar que um ateu jamais poderia acreditar defato num Demônio, como o mito exposto, ou então não seria um ateu, já que setrata de algo além da matéria. Sendo assim, só podemos aceitar que essa mesmapessoa que acredita no Demônio, seja como adorador dele ou não, tem queacreditar em Deus, pois tudo está num plano transcendental e sutil,supostamente. Toda a noção do transcendente deve estar pautada em escrituras sagradasautorizadas e comprovadas, pois de outra forma não passa de especulação mentale malabarismos filosóficos inúteis. Sendo assim, sempre haverá a noção docriador e da criatura. E essas escrituras devem ser consideradas autorizadas efidedignas quando o seu conhecimento tem uma origem apauriseya, ou seja, queveio diretamente de Deus, do Absoluto Supremo, e não criado por alguémordinário. Dessa forma, se concordamos todos que Deus é o criador e a origem de tudo,então também concordamos que Deus é o controlador supremo de tudo, como seafirma no sagrado Sri Brahma-samhita 5.1, uma antiga escritura védica, “isvarahparamah krishnah”, Krishna é o Controlador Supremo. O nome Krishna significa “aquele que atrai a todos” ou “O Todo-Atrativo”, e éo nome da Suprema Personalidade de Deus, ou seja, o nome original de Deussegundo os antigos textos védicos. Logo, a frase acima afirma que Deus é ocontrolador supremo de tudo e todos, sem exceção. Em muitas passagens dasescrituras védicas, há a afirmativa de que Deus, ou Krishna, é o controlador ea origem de tudo, seja material ou espiritual, tal como a Suprema Personalidadede Deus, Sri Krishna, afirma no Bhagavad-Gita 10.8, aham sarvasya prabhuvomattah sarvam pravartate, “Eu sou a fonte de todos os mundos materiais eespirituais, Tudo emana de Mim”. Também no Sri Isopanishad, no mantra deinvocação, encontramos o famoso verso onde se afirma que o Supremo é a origemde tudo, tudo provem dEle e Ele é Absoluto e Completo, e tudo que provem dEle éTodo-Completo também, e mesmo assim, Ele jamais deixa de ser Todo-Completo. Damesma forma, muitas outras escrituras sagradas de diversas religiões chegaram à mesma conclusão, de que Deus é Supremo, Absoluto e Completo em Simesmo, logo tudo é criado por Ele. Claro que não levamos em consideração as inúmeras alterações que houveram emalgumas escrituras, principalmente na bíblia, que segundo alguns estudiosos,foi alterada tantas vezes e modificada de forma tão bruta em suas traduções queperdeu todo sentido e foge como “o diabo foge da cruz”, quanto ao que seria ooriginal. Houve mudanças no Alcorão também e há muitos pontos mal-explicados emescritos de seguimentos como Mormos, judaísmo-mistico, entre outros. Talvez pornão existir uma tradição de sucessão de mestres ou lideres no que se refere ámanutenção dos ensinamentos em sua forma original ao repassá-los aos seusseguidores. Ainda tem tradições como os impersonalistas ou Mayavadis, quedistorcem o conhecimento dos Vedas, e mantém esse erro. Curioso é que só se encontra referencia ao mito do Demônio em ditasescrituras que foram claramente alteradas ou em passagens suspeitas einterpretativas. Dito isso, a única explicação que poderíamos ter acerca do dito Demônio é queesse não passa de uma criação humana com intuitos escusos, baixos, mesquinhos edesprezíveis, visando à instigação do medo ás pessoas numa tentativa deconversão religiosa como muito se viu na Idade Média no Ocidente. Desejando opoder, algumas instituições religiosas difundiram de diversas formas o mito doDemônio para obter um maior controle sobre pessoas inocentes e carentes deproteção. Infelizmente isso ainda é visto muito hoje em dia, em especial nasinúmeras igrejas “neo-protestantes”, ou “crentes” que são criadas a cada ano.E também, de forma geral, sabemos que o Cristianismo foi o maior difusor desuas doutrinas através da força e da persuasão.

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