Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um Encontro em Varanasi - Parte I

krishna.com

Um Encontro em Varanasi

A Meeting in Varanasi

Mathuresa Dasa

parte 1 de 3

Um dos maiores eruditos de seu tempo está prestes a se encontrar com a fonte de todo o conhecimento.

A cidade de Varanasi se encontra a seiscentos e cinqüenta quilômetros a noroeste de Calcutá na margem setentrional do rio Ganges. Grandes escadarias de pedra conduzindo para dentro do rio, conhecidas como balneários, ou ghats, estendem-se por seis quilômetros ao longo da costa do rio sagrado. Multidões de peregrinos descem para se banhar na água santa ou sobem a fim de explorar ruas estreitas e sinuosas e visitar os mais de 1500 templos da cidade. Embora haja registros históricos de peregrinações a Varanasi datando do século VII; para os fiéis, este mais sagrado dos destinos existe como uma alvoroçada cidade sagrada há muito mais tempo. Muitos dos templos de Varanasi foram destruídos no século XVII durante o reino do imperador Aurangzeb, apesar do que, mesmo hoje, a visão ao longo do Ganges em Ramnagar sugere atemporal esplendor.

O erudito preeminente em Varanasi no começo do século XVI era Prakasananda Sarasvati, um sacerdote renunciado, ou sannyasi, na linha de Sripada Sankaracarya. Prakasananda e seus colegas eram mestres dos Vedas, a literatura sânscrita que inclui extensos escritos sobre todo aspecto básico do conhecimento. Há textos védicos sobre lei, arte, medicina, matemática e outras ciências seculares, bem como sobre yoga, religião, filosofia e misticismo. Veda significa “conhecimento”, e, em um sentido mais amplo, todo conhecimento é parte dos Vedas.

Prakasananda Sarasvati era particularmente adepto da análise dos códigos do altamente filosófico Vedanta-sutra. Os textos védicos, divididos por Srila Vyasadeva, uma encarnação literata de Deus, culminam no Vedanta-sutra, no qual Vyasadeva discorre sobre a natureza eterna, a origem e o propósito da existência. Anta significa “fim”, logo o Vedanta-sutra estabelece que todos os campos de conhecimento destinam-se a alcançar o fim, ou meta, do conhecimento compreendendo o significado da vida.

Durante uma palestra no Instituto Massachusetts de Tecnologia em 1968, Srila Prabhupada desafiou sua audiência a explicar por que, com todos os campos de conhecimento em sua universidade, eles não tinham um departamento para estudar a diferença entre um corpo vivo e um corpo morto. Estudamos medicina para manter nossos corpos saudáveis, política e sociologia para mantê-los organizados, psicologia para gerir nossas mentes. Todos os departamentos beneficiam os corpos e mentes vivos, mas o que é essa vida, essa energia viva, que tão zelosamente servimos? O que é esse conhecimento? Ou, em outras palavras, onde está o Vedanta? Carecendo de um departamento vedantista, os outros departamentos ficam incompletos.

Não havia semelhante carência em Varanasi. Como um inigualável comentador sobre o Vedanta-sutra, Prakasananda Sarasvati era o reitor dos estudiosos de Varanasi, que, como professores dos Vedas, não eram meros dogmatistas exclamando crenças, mas antes genuínos pesquisadores, escritores e instrutores atraídos pela verdade essencial. A cidade de Varanasi há muito era um grande centro de educação e cultura. Com estudantes vindo de toda a Índia de modo a obter uma educação abrangente na sabedoria Védica, Varanasi era um local muito propício para a iluminação. Prakasananda e seus associados presidiam ali, desfrutando de suas pesquisas intelectuais, de seus seguidores, e de sua posse do cargo de líderes de uma Meca acadêmica e cultural.

A única perturbação à pacífica atmosfera acadêmica – uma perturbação que também assola atualmente as cidades universitárias moderna e outros centros de educação – era um grupo de Hare Krsnas barulhentos e empolgados cantando e dançando pelas ruas. Sem qualquer aparente respeito sequer por um mínimo de decoro acadêmico, esses aparentes fanáticos, tocando tambores e címbalos de mão, estavam atraindo seguidores, Prakasananda notou, entre alguns dos estudantes mais simples e entre os citadinos. O líder deles de apenas vinte e oito anos de idade, Sri Krsna Caitanya, que vivia na Bengala, possuía uma compleição dourada e uma voz atroadora. Como Prakasananda e seus colegas, Ele era um sannyasi na linha discipular de Sripada Sankaracarya. Todavia, Sankaracarya havia ensinado seus seguidores a rejeitarem prazeres mundanos, como cantar e dançar, e, no lugar de tais ocupações, sempre se ocuparem em estudar o Vedanta-sutra. Então, quem esse Krsna Caitanya pensava que era, e o que Ele pensava que estava fazendo?

Prakasananda passou a criticar abertamente: “Krsna Caitanya, embora um sannyasi, não tem interesse em estudar o Vedanta, senão que sempre se ocupa em cantar e dançar congregacionalmente. Ele é iletrado, e, devido a isso, desconhece Sua verdadeira função. Guiado apenas por Seus sentimentos, Ele vagueia a esmo na companhia de outros sentimentalistas”. - Sri Chaitanya-caritamrita, Adi-lila 7.41-42

Deve ter-se perturbado ainda mais Prakasananda quando soube que Krsna Caitanya estava longe de ser iletrado. Antes de aceitar a ordem de sannyasa com a idade de vinte e quatro anos, Ele foi conhecido como Nimai Pandita e dirigiu Sua própria acadêmia de estudos sânscritos em Navadvipa, a qual era muito popular, e que se localizava onde hoje é a Bengala Ocidental. Navadvipa era um centro de aprendizagem ainda mais importante do que Varanasi. Naquela época na Índia, como em tempos pretéritos, a erudição tinha o poder atrativo dos eventos esportivos da atualidade, com panditas entendidos desafiando um ao outro em exibições de erudição. Quando ainda um jovem estudante, Nimai Pandita derrotou muitos eruditos campeões, inclusive Kesava Kasmiri, um brahmana da Caxemira que havia ganhado títulos por toda a Índia. Quando Kesava Kasmiri chegou a Navadvipa, procurando por um pouco de ação, os eruditos locais se esconderam com medo, deixando o desafio para Nimai.

Protesto Não-Violento

Após muitos anos exibindo Sua proeza intelectual, Nimai Pandita centrou Suas energias na promoção do sankirtana, o cantar e o dançar congregacional e público em glorificação a Deus. Em Navadvipa, o sonoro cantar dos nomes de Krsna havia levado os muçulmanos locais a se queixarem com o magistrado, ou qazi, de Navadvipa. O qazi abordou um grupo de cantores certa noite, quebrou um tambor de sankirtana e proibiu futuros cantos nas ruas da cidade. Em resposta, Nimai Pandita organizou um protesto não-violento rodeando a residência do qazi com milhares de cantores e dançarinos. O qazi se intimidou com a multidão, mas o comportamento de Nimai foi pacífico. Em um diálogo amigável, Ele convenceu o qazi da importância do cantar dos nomes do Senhor.

Assim como Prakasananda Sarasvati, Nimai Pandita era altamente versado no Vedanta-sutra, mas não com o fim de conhecimento. Ele conhecia bem as muitas declarações nos Vedas declarando que, na Kali-yuga, esta era de desavenças e hipocrisia, o meio para a auto-realização (a meta do Vedanta) é cantar os nomes de Deus. Um verso no Brhan-naradiya Purana enfatiza este ponto valendo-se de repetição: “Cantem os santos nomes, cantem os santos nomes, cantem os santos nomes. Nesta era de desavenças, não há outra maneira, não há outra maneira, não há outra maneira para se alcançar a meta da vida humana”.

Embora Nimai cantasse particularmente o mantra Hare Krsna, Ele ensinou que este “não há outra maneira” aplica-se a todo lugar e tempo, e a qualquer nome reconhecido do Senhor. Um verso no Srimad-Bhagavatam, o comentário do próprio Srila Vyasadeva ao seu Vedanta-sutra, declara que, em eras pretéritas, meditação, rituais religiosos ou adoração no templo talvez tenham sido suficientes, mas que, nesta era, esses métodos são efetivos apenas em conjunção com o cantar regular. E, novamente no Bhagavatam, Vyasadeva escreve que Kali-yuga é um oceano de defeitos com uma única qualidade: simplesmente por cantarmos as glórias do Senhor, podemos nos livrar das misérias materiais e lograr a perfeição mais elevada da vida espiritual.

O Kali-santarana Upanisad é ainda mais específico, citando todo o mantra Hare Krsna – Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna Krsna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare – e então afirmando: “Estas dezesseis palavras destroem os defeitos da era de Kali. Após buscar por todos os Vedas, você não encontrará um meio de auto-realização melhor para esta era”.

Com estes e outros versos em Seus lábios e com a assistência de Seus muitos associados, Nimai propagou Seu movimento de sankirtana ao longo de Navadvipa e até a Bengala Oriental. Ele casou-Se jovem, mas, como chefe de família, viajava frequentemente, deixando Sua jovem esposa e idosa mãe em casa. Ele absorveu-Se tão imensamente em sankirtana que introduziu um sistema de gramática sânscrita baseado nos nomes de Krsna. Toda palavra oriunda de Sua boca era ou o cantar ou glorificação ao cantar.

Foi em uma peregrinação a Gaya que Nimai tornou-Se discípulo de Isvara Puri, um grande devoto de Krsna na linha de Srila Vyasadeva, e, quando Nimai retornou a Navadvipa, Seu entusiasmo pelos santos nomes havia crescido extaticamente. Parece que Nimai tinha uma jovial familiaridade para com o barulho e a vigília, tanto que, em outra vez, foram os hindus que se queixaram com o qazi:

“Nimai Pandita, antigamente, era um excelente garoto, mas desde que retornou a Gaya, Ele Se comporta de maneira diferente. Agora, Ele canta alto toda sorte de canções de Krsna, batendo palma, tocando tambores e sinos e fazendo barulhos ensurdecedores. Não sabemos o que Ele come que O deixa tão ensandecido. Ele enlouquece praticamente todos com Seu contínuo canto congregacional. À noite, nada conseguimos dormir; somos sempre mantidos acordados”. - Adi 17.206-9

Mesmo os alunos de Nimai Pandita começaram a criticar o que consideravam uma absorção excessiva de Sua parte nos santos nomes. Embora não tivesse sido pessoalmente perturbado pela crítica, Nimai levava a sério Seu movimento de sankirtana. Ele ambiciosamente desejava propagar o sankirtana a toda cidade e vila do mundo, dando a todos, quer educados, quer incultos, acesso ao Vedanta e à perfeição da vida mediante o cantar dos santos nomes. Porém, se mesmo Seus próprios alunos não O levassem a sério, como poderia expandir Sua missão?

Nimai Aceita a Ordem de Sannyasa

Assim, no ano de 1510, com a idade de vinte e quatro anos, deixando Sua casa de bom grado, Nimai viajou para a vila de Katwa e aceitou a ordem de sannyasa de Kesava Bharati, um sannyasi da escola Sankarite. Ainda é costume na Índia se oferecer respeito a um sannyasi, e isso estava ainda mais em voga quinhentos anos atrás. Nimai queria esse respeito e atenção públicos para o benefício do movimento de sankirtana, que era, por sua vez, para o supremo benefício do público. Conquanto Nimai abominasse a filosofia quase budista de Sankaracarya, a influência de Sankaracarya era tão forte que as pessoas pensavam que todos só podiam aceitar sannyasa na sucessão discipular Sankarite. Deste modo, pela causa de Sua missão, Nimai aceitou sannyasa de Kesava Bharati, recebendo o nome Sri Krsna Caitanya.

Prakasananda Sarasvati, aproximando-se das pessoas na cidade, deve ter levantado alguns destes detalhes sobre o sannyasi alto e dourado agora a dançar e cantar pelas estreitas ruas de Varanasi. Como o principal dos eruditos de Varanasi, ele deve, a partir de então, ter evitado criticar Krsna Caitanya.

A Identidade de Sri Krsna Caitanya

A resposta completa a “Quem é Krsna Caitanya, e o que Ele está fazendo aqui neste centro de pacífica erudição?” encontrava-se bem debaixo do nariz de Prakasananda, precisamente em sua muitíssimo estimada literatura Védica. No Mahabharata, o Visnu-sahasra-nama-stotra, ou “Os Mil Nomes de Visnu”, descreve o Senhor Supremo aparecendo como um chefe de família em uma compleição dourada e com uma atitude de pacífica devoção e, posteriormente, aceitando a ordem de sannyasa. O Bhagavatam confirma que o Senhor aparece em diferentes eras com diferentes cores: branco, vermelho, negro e amarelo. Uma vez que se atribuem as encarnações branca, vermelha e negra a eras anteriores, a encarnação para a era de Kali é amarela, ou dourada. O Bhagavatam também declara que, na Kali-yuga, a encarnação de Deus inaugura o movimento de sankirtana, sempre canta o nome de Krsna, e é, na verdade, o próprio Krsna com uma compleição dourada.

krsna-varnam tvisakrsnamsangopangastra-parsadamyajnaih sankirtana-prayairyajanti hi su-medhasah

“Na era de Kali, pessoas inteligentes realizam o canto congregacional a fim de adorarem a encarnação do Supremo que constantemente canta o nome de Krsna. Embora Sua compleição não seja enegrecida, Ele é o próprio Krsna. Ele é acompanhado por Seus associados, servos e companheiros confidenciais”.

O Senhor Sri Krsna Caitanya é conhecido como channa avatara, ou “encarnação oculta”, porque Ele jamais Se apresentou como Deus ou permitiu que alguém O chamasse de Deus. Ele sempre agiu como servo de Deus ou como servo dos devotos do Senhor. Esta era é tão repleta de pretensas encarnações, tão sobrecarregada de filosofias declarando que, no fim, todos somos Deus, que o próprio Deus demonstra e desfruta o serviço devocional a Si através do cantar de Seus nomes. Assim como uma professora do primário, de modo a ensinar seus alunos como aprenderem, às vezes finge estar aprendendo o abecedário; da mesma maneira, na forma de Sri Krsna Caitanya, o Senhor assume o papel de Seu próprio devoto e demonstra a arte do serviço devocional a Ele mesmo.

Ouvindo as críticas de Prakasananda, o Senhor Caitanya demonstrou como os membros do movimento de sankirtana não devem se interessar por seu prestígio pessoal. A fim de ampliar o sankirtana, o Senhor havia planejado uma viagem até a cidade sagrada de Vrndavana, logo ao sul da atual Delhi, e não viu sentido algum em alterar Seu itinerário para defender Sua reputação duelando com a elite de Varanasi. Torneios intelectuais era algo de Seu passado, de Seus irrefletidos dias escolares. Não havia necessidade de interromper Sua pregação para a feitura de um debate. Melhor seria distribuir o cantar dos santos nomes; havia, afinal, muitíssimos ouvidos receptivos e muitos seguidores que necessitavam de Sua atenção e de instruções pessoais.

Os seguidores do Senhor Caitanya em Varanasi, contudo, estavam entristecidos com os comentários de Prakasananda. Partia-lhes o coração ouvirem seu amado Senhor ser rotulado como um tolo ignorante. Ao mesmo tempo, eles não se sentiam confiantes o bastante para, eles mesmos, confrontarem Prakasananda. O que eram eles em comparação àquele celebrado coordenador das muitas faculdades e departamentos acadêmicos de Varanasi? Como eles poderiam advogar em favor da divindade de Sri Krsna Caitanya e da dimensão transcendental do sankirtana a um crítico que podia, muito destramente, citar as escrituras védicas, brandindo seu conhecimento e suas credenciais?

Quando o Senhor Caitanya retornou a Varanasi vindo de Vrndavana, Ele permaneceu na casa de Candrasekhara, fez Suas refeições na casa de Tapana Misra e passou dois meses instruindo Sanatana Gosvami, o antigo primeiro ministro do soberano da Bengala, o nababo Hussein Shah, acerca da ciência do serviço devocional.

Enquanto o Senhor Caitanya, deste modo, permanecia pacificamente absorto na construção de Seu movimento de sankirtana, Seus dois anfitriões se entristeciam cada vez mais, até que, um dia, tanto Candrasekhara quanto Tapana Misra apelaram-Lhe: “Por quanto tempo podemos tolerar a blasfêmia de Seus críticos contra a Sua conduta? Ao invés de ouvir tanta blasfêmia, deveríamos abandonar nossas vidas. Todos os sannyasis locais estão criticando Vossa Santidade. Somos incapazes de tolerar a audição de tais críticas, pois semelhantes blasfêmias partem nossos corações”.

Ouvindo este apelo, o Senhor Caitanya permaneceu indiferente à crítica voltada para Si, mas sentiu compaixão de Seus anfitriões e outros seguidores, compreendendo a angústia deles. Nesse momento, um brahmana chegou até o Senhor com outro apelo; desta vez, um convite.

“Meu querido Senhor”, o brahmana disse, “convidei todos os sannyasis de Varanasi para almoçarem em minha casa. Meus desejos seriam satisfeitos caso Você também aceitasse o meu convite. Meu caro Senhor, sei que Você nunca Se mistura com outros sannyasis, mas, por favor, seja misericordioso comigo e aceite o meu convite”.

Era um costume muito antigo dos brahmanas de Varanasi revesarem-se em convidar os sannyasis locais às suas casas. Desta maneira, havia um encontro diário de sannyasis, um restaurante universitário ambulante. O Senhor Caitanya nunca esteve presente, recusando todos os convites, até este, o qual Ele bondosamente aceitou de sorte a agradar Candrasekhara, Tapana Misra e o brahmana. Ali estava uma oportunidade perfeita, possibilitada por Seu próprio arranjo onipotente, para encontrar-Se com Prakasananda Sarasvati em um contexto congenial como convidados comuns na casa de um brahmana.

Tapana Misra e Chandrasekhara ficaram jubilosos. Eles não sabiam como responder, eles mesmos, Prakasananda. Embora ainda não tivessem confiança em seu próprio aprendizado ou habilidades para debate, eles tinham firme fé de que seu mestre espiritual, o Senhor Sri Krsna Caitanya, era a Suprema Personalidade de Deus. Ele era o próprio Krsna, o autor e a autoridade última no Vedanta-sutra, agindo como Seu próprio devoto. No Bhagavad-gita (15.15), Krsna declara: “Estou sentado no coração de todos, e de Mim vêm a lembrança, o conhecimento e o esquecimento. Através de todos os Vedas, Eu sou aquele a ser conhecido. Na verdade, sou o compilador do Vedanta, e sou o conhecedor dos Vedas”.

Como servos fiéis do Senhor Caitanya, Candrasekhara e Tapana Misra aspiravam tornarem-se exímios pregadores de Sua missão que soubessem perfeitamente e pudessem ensinar que o Vedanta, a meta do conhecimento, é o serviço devocional a Krsna, a pessoa suprema, mediante o cantar de Seus nomes. Por ora, entretanto, o que sabiam, e lhes regozijava e confortava, era que o Senhor Caitanya, seu professor, havia concordado em Se encontrar com Prakasananda Sarasvati, o cabeça da elite intelectual de Varanasi, para um almoço.
Continua...

Tradução de Bhagavan dasa (DvS) – Outras traduções em http://www.devocionais.xpg.com.br/