Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami
Jagad Guru Srila Prabhupada

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Prasthana Traya (Três pontos de partida)

Trecho de uma aula dada por SS Hrdayananda Das Goswami em Alachua, Festa de Domingo, 29 de Março de 2009:

"Em termos daqueles que se mantem fiéis a cultura original, ao conhecimento original, aquela cultura, e tentam entender os Vedas, existem seis maneiras diferentes de aproximar-se disto, e dentre estas seis, a grande vencedora é o Vedanta que em última análise realmente predomina e todas as outras tornam-se secundárias.

Se nós virmos o Vedanta, Vedanta, a palavra Vedanta nós associamos com o Vedanta Sutra também conhecido como Brahma Sutra, em última análise é a literatura que forma a base do empenho de filosoficamente entender a Verdade Absoluta.
O Vedanta são três, que juntos são considerados Vedanta.

Um é o Brahma Sutra também conhecido como Vedanta Sutra.

Também, os Upanishads

e o Bhagavad Gita.

E assim, o Brahma Sutra é uma explicação dos Upanishads. Os Upanishads são conhecidos como Sruti Prasthana. Ou o ponto de partida dos Srutis, ou o ponto de partida da literatura Védica original.

O Brahma Sutra é conhecido como Nyaya Prasthana. Outro Prasthana, "punto de partida", usando a Lógica, porque é a interpretação lógica dos Upanishads e do Bhagavad Gita que é Smriti Prasthana e que foi falado por Deus Ele mesmo, e que portanto é o livro mais importante.

Então é assim, se você olha para a grande tradição do Vedanta, em última análise embora eles discutam a Epistemologia, como saber aquilo que você tem que saber, os meios para obter o conhecimento, no final o que realmente ocupa a atenção dos grandes filósofos da História da India, é a Ontologia ou o estudo da natureza da existência, qual o fundamento das coisas reais deste mundo, e existe então um acordo final de que Deus é algo real, e que as almas realmente existem e que o mundo de alguma forma existe.

E a questão é como estas coisas existem? Qual a sua relação? Uma é a manifestação ilusória da outra?
Em outras palavras, somos almas individuais aparentemente ilusórias de uma Verdade Absoluta? Ou almas individuais fundamentalmente reais? E em relação a natureza? A natureza é simplesmente uma ilusão ou também é real e como é real?

E assim, ao discutir eses pontos, no final, bem podemos dizer que a conclusão óbvia disto tudo é que Deus, as almas individuais e a natureza são simultaneamente unas e diferentes.

Este é o ensinamento do Senhor Caitanya, bem como também o ensinamento de muitos filósofos clássicos da civilização Greco Romana, bem como de outros estudantes do Vedanta, e o Senhor Caitanya confirmou que este é o entendimento apropriado.
Como almas individuais, somos unos com Deus e ao mesmo tempo somos diferentes.

É como qualquer relacionamento saudável. Duas pessoas que tem um relacionamento, são um só mas também são diferentes.

É exatamente como um entendimento são. De forma a ser consciente de uma forma sã para saber o que está acontecendo aqui, você tem que ver a diferença entre ambos, as pessoas, e as direcções, e as palavras, e ao mesmo tempo você tem que colocar tudo isto junto como uma simples experiência coerente de alguém a falar na Sala do Templo.

Assim, unidade e diferença não é simplesmente uma interpretação intelectual de alguma literatura Sânscrita muito antiga, mas é a natureza da realidade, ela mesma.
É a natureza da nossa realidade."

Fim da citação.

Aqueles que estudam o Vedanta e demonstram a existência de Deus, da alma, e da relação da natureza com ambos, recorrem ao Prasthana Traya (Três pontos de partida):

1 - Upanishads (Sruti Prasthana)

2 - Bhagavad Gita (Smriti Prasthana)

3 - Brahma Sutra ou Vedanta Sutra (Nyaya Prasthana)

Mais um trecho da aula:

"Temos que ter a coragem de realmente fazer algo maravilhoso. Uma vez estavamos com Srila Prabhupada em LA, eu estava ao seus pés no seu jardim, e ele disse-nos: "Qual a utilidade de vocês serem americanos, se não fazem algo maravilhoso."
Isto também vale para aqueles que tem um Green Card (Autorização de residência). (Risos)
Então Srila Prabhupada não estava muito interessado num tipo de pacote hierárquico encomendado, mas que você devia se despir disto e sair e fazer o trabalho, e o que quer que aquela pessoa fizesse, Srila Prabhupada abraçava-a, aquela pessoa realmente conhecia Prabhupada. Saia e faça algo para Prabhupada e abandone seu egoísmo, porque somos todos egoístas, somos todos criaturas egoístas e aqueles que forem capazes de abandonar seu egoísmo e sairem dedicando suas vidas a Prabhupada, eles verão Srila Prabhupada frente a frente. (Aplausos)

Ele é meu Diksa Guru, e ele é o Fundador Acarya de todos nós. E ao introduzir-se ele mesmo com cartas formais aos seus líderes administrativos, ele não disse "Sou o Diksa Guru da ISKCON", mas ele introduziu-se como o Fundador Acarya da ISKCON, este foi o único título que Prabhupada reinvindicou para ele.
Prabhupada não era um ser ciumento.
Prabhupada amou-nos mais do que qualquer um poderia ter nos amado.
E a esperança mais forte de Prabhupada era que todos nós poderíamos aprimorarmo-nos e tornarmo-nos gloriosos e conquistarmos o mundo com sua missão.
Mas o único título que ele reinvindicou para si mesmo e que não quis partilhar com ninguém, era que ele era o Fundador Acarya, o que significa que toda nossa glória deve vir por servir seus pés de lótus na ISKCON. (Aplausos)"

Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari

http://www.bhakti-tattva.blogspot.com/

terça-feira, 7 de abril de 2009

Aparecimento do Papapurusha

O Ayurveda explica que em Ekadasi a Lua torna-se obscurecida.A Lua é a Deidade que preside "Anna" (Alimentos), e portanto comer grãos em Ekadasi torna-se indigesto e pode causar doenças.Além disso, os grãos absorvem muita água durante a digestão.A Lua além de ficar obscurecida também fica mais perto da Terra e absorve mais água do nosso organismo.

Origem do Ekadasi(Este artigo foi originalmente escrito em 1956 por Sri Navincandra Cakravarti, um discípulo de Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakura, e em 1979 foi traduzido para o inglês por Vyenkata Dasa Brahmacari)"Muitos devotos são muito inquisitivos sobre o aparecimento de Sri Ekadasi e sobre suas características especiais. Portanto estou apresentando esta descrição encontrada no décimo quarto capítulo do Padma Purana, na seção intitulada "Kriya Sagara Sara."Perguntas do sábio Jaimini à Srila VyasadevaCerta vez, o grande sábio Jaimini, disse ao seu mestre espiritual:"Ó Gurudeva! Anteriormente por sua misericórdia, o senhor descreveu para mim a história das glórias do rio Ganges, os benefícios da adoração a Sri Vishnu, a doação de grãos em caridade, a doação de água em caridade, a magnanimidade de se aceitar a água que foi usada para lavar os pés dos Brahmanas. Ó melhor dos sábios, Sri Gurudeva, agora com grande entusiasmo, desejo ouvir sobre os benefícios de se jejuar no Ekadasi e do aparecimento de Sri Ekadasi.""Ó Gurudeva, quando Ekadasi nasceu e de quem ele apareceu? Quais as regras de jejuar no dia de Ekadasi? Por favor, descreva os benefícios de se seguir este voto e quando ele deve ser seguido. Quem é a maior deidade adorável de Sri Ekadasi? Quais são os erros de não se seguir Ekadasi corretamente? Por favor, deposite sua misericórdia sobre mim e me diga sobre estes assuntos, pois o senhor é a única personalidade capaz de fazê-lo."Srila Vyasadeva ouvindo estas perguntas de seu discípulo Jaimini, situou-se em transe transcendental e respondeu:"Ó Brahmana sábio Jaimini, os resultados de se seguir Ekadasi podem ser perfeitamente descritos pelo Senhor Supremo, Narayana, pois Sri Narayana é a única personalidade capaz de descrevê-los na sua totalidade. Mas eu darei uma breve descrição em resposta a sua indagação."Como surgiu Papapurusha"No começo da criação material, o Senhor Supremo criou as entidades vivas móveis e imóveis dentro deste mundo feito de cinco elementos grosseiros materiais. Simultaneamente para o propósito de punir os seres humanos, Ele criou a personalidade cuja forma foi a incorporação do pecado(Papa-purusha).""Os diferentes membros desta personalidade foram construídos de várias atividades pecaminosas: sua cabeça foi feita do pecado de assassinar um brahmana, seus olhos tiveram a forma do pecado de tomar intoxicantes, sua boca foi feita do pecado de ter conecção ilícita com a esposa do mestre espiritual, seu nariz do pecado de matar sua própria esposa, seus braços a forma do pecado de matar uma vaca, seu pescoço feito de pecado de roubar a riqueza acumulada de outrem, seu peito do pecado do aborto, seu baixo tórax do pecado de ter sexo com a mulher de outro, seu estômago do pecado de matar seus parentes, seu umbigo do pecado de matar aqueles que são seus dependentes, seu pulso do pecado da auto-apreciação, suas coxas do pecado de ofender o Guru, sua genitália do pecado de vender sua filha, suas nádegas do pecado de contar assuntos confidenciais, seus pés do pecado de matar seus pais e seu cabelo das formas menos severas de actividades pecaminosas.""Desse modo uma personalidade horrível incorporando todas as atividades pecaminosas e vícios foi criada, a cor de seu corpo é preta, seus olhos são amarelos. Ele inflige extrema miséria às pessoas pecadoras.""A Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Vishnu, vendo esta personalidade do pecado, começou a pensar o seguinte: 'Eu sou o criador das misérias e da felicidade das entidades vivas. Eu sou seu mestre porque criei esta personalidade do pecado, a qual dá sofrimento para todas pessoas desonestas, trapaceiras e pecadoras. Agora Eu devo criar alguém que controlará esta personalidade.'""Nesta época, Sri Bhagavam criou a personalidade de Yamaraja e os diferentes sistemas planetários infernais. Aquelas entidades vivas que são pecaminosas serão enviadas depois da morte para o reino de Yamaraja, o qual, por sua vez, de acordo com os pecados delas, as enviará à região infernal apropriada para sofrerem.'"“Depois que estes ajustes foram feitos, o Senhor Supremo, que é o doador de aflição e felicidade às entidades vivas, foi à morada de Yamaraja, com ajuda de Garuda, o rei dos pássaros.Quando Yamaraja viu que o Senhor Vishnu tinha chegado, ele imediatamente lavou os pés Dele e fez uma oferenda cerimonial a Ele. Então fez com que Ele se sentasse em um trono de ouro. O Senhor Supremo, Sri Vishnu, ficou sentado no trono dourado de onde Ele escutou uns sons de choro muito alto vindos da direção sul. Ele surpreendeu-se com isto e perguntou a Yamaraja: 'De onde este choro alto está vindo?"

"Yamaraja em resposta disse: 'Ó Deva! As diferentes entidades vivas dos sistemas planetários terrestres caíram nas regiões infernais. Elas estão sofrendo extremamente por seu malfeitos. O horrível choro é por causa do sofrimento devido às reações de suas más ações do passado (mau Karma).'""Depois de escutar isto o Senhor Supremo, Sri Vishnu, foi à região infernal do sul.


Quando os habitantes viram quem tinha chegado, eles começaram a chorar mais alto ainda. O coração do Senhor Supremo, Sri Vishnu, tornou-se cheio de compaixão. O Senhor Vishnu pensou: 'Eu criei toda esta progênie e é por minha causa que eles estão sofrendo.'"O Aparecimento de Sri Ekadasi"Srila Vyasadeva continuou: Ó Jaimini, apenas ouça o que o Senhor Supremo fez em seguida: após o misericordioso Senhor Supremo refletir sobre estas considerações, Ele imediatamente manifestou de Sua própria forma a Deidade do dia lunar de Ekadasi (Sri Krsna é o próprio Ekadasi) . Em seguida as diferentes entidades vivas pecadoras, começaram a seguir o voto de Ekadasi e foram então elevadas rapidamente para a morada Vaikuntha. Portanto, ó minha criança Jaimini, o dia lunar de Ekadasi é a forma mesma do Senhor Supremo, Vishnu, o qual é a Superalma no coração das entidades vivas. Sri Ekadasi é a mais elevada atividade e está situado como o principal entre todos os votos.""Depois da ascensão de Sri Ekadasi, o Papapurusha que é a forma da atividade pecaminosa viu gradualmente sua influência diminuir. Ele aproximou-se do Senhor Vishnu, com dúvidas em seu coração e começou a oferecer muitas preces, com as quais o Senhor Vishnu ficou muito satisfeito e disse: 'Eu tornei-me muito satisfeito com suas lindas preces. Qual é a dádiva que você quer?'"O Papapurusha respondeu: ‘Eu sou Sua criatura e progênie, e é através de mim que Você desejou dar sofrimento às entidades vivas que são muito pecaminosas. Mas agora, pela influência de Sri Ekadasi, eu fiquei quase destruído.


Ó Prabhu, depois da minha morte, todas as suas partes e parcelas que aceitaram corpos materiais tornar-se-ão liberadas e assim retornarão à morada Vaikunta. Se essa liberação de todas entidades vivas acontecer, então quem continuará Suas atividades? Não haverá ninguém para desempenhar os passatempos nos sistemas planetários terrestres.""Ó Kesava, se Você quer que estes passatempos eternos continuem, então, por favor, salve-me do temor de Ekadasi. Nenhum tipo de actividade piedosa pode atar-me, mas apenas Ekadasi, sendo sua forma manifesta, pode impedir-me. Tendo grande temor de Sri Ekadasi, eu escapei e refugiei-me nos homens, animais, insetos, montanhas, árvores, entidades vivas móveis e imóveis, rios, oceanos, florestas, sistemas planetários celestiais, terrestres e infernais, dos semideuses e dos Gandharvas.'""Mas não pude encontrar um lugar onde pudesse estar livre do temor a Sri Ekadasi. Ó meu mestre, Eu sou um produto de sua criação, portanto muito misericordiosamente indique-me um lugar onde eu possa morar sem mêdo.'"Srila Vyasadeva disse a Jaimini: "Depois de dizer isso, a incorporação das actividades pecaminosas (Papa-purusha) caiu aos pés do Senhor Supremo, Sri Vishnu, que é o destruidor de todas as misérias e começou a chorar.""Depois disso o Senhor Vishnu, observando a condição de Papa-Purusha, com riso, começou a falar assim: 'Ó Papa-purusha, levante-se! Não se lamente mais. Apenas ouça e Eu lhe direi onde você poderá ficar no dia lunar de Ekadasi. No dia de Ekadasi, que é o benfeitor dos três sistemas planetários, você poderá ficar nos alimentos em forma de grãos. Não há razão para preocupar-se mais sobre isto, porque Minha forma como Ekadasi não o impedirá mais.' Depois de dar a direção ao Papa-purusha o Senhor Supremo desapareceu, e o Papa-purusha voltou a executar suas próprias atividades."Conclusão"Conseqüentemente, aquelas pessoas que são sérias sobre o benefício último para a alma, nunca comerão grãos em Ekadasi. De acordo com as instruções do Senhor Vishnu, todo tipo de actividades pecaminosas que podem ser encontradas no mundo material tomam sua residência na forma de grãos alimentícios. Quem seguir Ekadasi está liberto de todos os pecados e nunca entrará nas regiões infernais. Mas se a pessoa não seguir Ekadasi por causa da ilusão, ela é considerada a pior pecadora. Por cada bocado de grãos que é comido em Ekadasi por um residente da região terrestre, recebe-se a reação de assassinar milhões de Brahmanas!É definitivamente necessário que se deixe de comer grãos em Ekadasi. Eu repito novamente; em Ekadasi não coma grãos! Seja a pessoa um Ksatrya, Vaishya, Sudra ou de qualquer família, ele deve seguir o dia lunar de Ekadasi. Com isso a perfeição de Varna e Ashama será atingida. Especialmente desde então, se mesmo por engano uma pessoa seguir o voto de Ekadasi, todos os seus pecados serão destruídos e ela facilmente atingirá a meta suprema, a morada Vaikuntha."Padma Purana, 14 capítulo, seção Kriya Sagara Sara.http://www.salagram.net/ekadasi-page.htmEkadasi (pronunciado Ekadashi), é o décimo (Dasi) primeiro (Eka) dia lunar depois da lua cheia e da lua nova. Neste dia se observa jejum de feijões e cereais. Nos Ekadasis também não se come vagem (feijão verde), berinjela (pois aumenta o apetite), mel e assafétida. Dormir durante o dia, sexo, cortar unhas e cabelos, barbear-se e divertimentos também são atividades que devem ser evitadas nesses dias, pois se deve diminuir as demandas corpóreas nos Ekadasis para melhor fixar a mente em Krsna. (Paramahamsa Prabhu)Portanto, a melhor forma de adorar a Deidade do dia lunar de Ekadasi, é fazendo jejum de grãos e fixando a mente em Krsna.A própria Deidade de Ekadasi manifesta-se de Krsna para o nosso benefício.Ao observarmos e consequentemente adorarmos Ekadasi, estaremos adorando o próprio Krsna.Em Ekadashi pode se comer quinoa real ou trigo sarraceno. São dois productos que não são grãos e nem cereais e em relação às especiarias só se pode usar cominhos em grão e não se pode usar especiarias em pó pois podem conter farinha de arroz. (Gopala Priya Mataji)


Vosso servo,




sexta-feira, 3 de abril de 2009

RAMA NAVAMI 2009

O Senhor Ramachandra é uma poderosa encarnação da Suprema Personalidade de Deus que aparece como um rei ideal. Ele morou na floresta de Dandakaranya durante quatorze anos, junto com sua esposa, Sita Devi, e seu irmão mais jovem, Laksmana. Depois que o poderoso demônio Ravana seqüestrou Sua esposa, o Senhor Ramachandra, com ajuda de Seu fiel servo Hanuman, recuperou-a e matou Ravana e seus exércitos.
RAMA NAVAMI.
03 DE ABRIL DE 2009
Neste dia especial, em que comemoramos o aparecimento do Senhor Ramachandra, oferecemos aos nossos leitores um breve resumo de quem foi esta grande personalidade.

A Epopéia de Sri Rāma



O Ramayana é uma antiga escritura, e um querido poema épico sobre uma encarnação do Senhor Supremo, Sri Krishna (com o nome de Rama), por sobre a Terra, que aconteceu cerca de um milhão e 750 mil anos atrás, como Ramachandra, ou o "rei ideal". A história é rica em intrigas, atos de heroísmo, romances, e aventuras, tendo como protagonista, além de Rama, Laksmana, Sita e Hanuman, o demônio Ravana, bem como monstros e criaturas estranhas, diante da ciência e da ficção. Ainda que seja estranho para a mente moderna, esta história é a absoluta expressão da verdade.

No Ramayana o Senhor aparece com a aparência esverdeada, acompanhado por Seu irmão Lakshmana, e pelo grande macaco herói, Hanuman. A epopéia nos narra a maravilhosa personalidade de Sri Rama, com poderosas qualidades, e os planos para coroá-lO como rei. Plano este que foi frustrado, bem como o Seu exílio subseqüente, para dentro da floresta junto com Seu irmão e esposa, e ali realizou façanhas incríveis, matando demônios perigosos. etc. Próximo ao fim do exílio, Sua casta esposa, Sita, foi raptada por Ravana. Rama, acompanhado pelo Seu exército, foi auxiliado pelo exércitos dos macacos, chefiados por Hanuman, originando uma grande batalha entre Rama e Seus aliados e o rei demônio Ravana.

(Resumo do Ramayana)

Sri Rama e Lakshmana, ainda eram jovens, quando foram convocados pelo sábio Vishvamitra, para ajudar os sábios e sacerdotes que estavam sendo atacados por poderosos Rakshasas, que perturbavam a realização de sacrifícios, e que estavam sendo feitos para o bem do mundo. Certa feita, os sacrifícios iniciaram, chegou a noite, e os demônios atacaram, poluindo a arena de sacrifícios com substâncias impuras, como sangue e partes de corpos mortos. Rama e Lakshmana, sendo versados no uso de armas, acertaram os demônios, enviando-os para centenas de milhares de quilômetros para dentro do Oceano.
O pai dos meninos, o rei Dasarath, desejava encontrar uma esposa adequada para Eles. O sábio Vishvamrita levou-Os até o reino de Mithila, onde estava sendo feita uma cerimônia, pelo rei Janaka, para escolher um marido para a sua filha Sita. O requisito era que a pessoa deveria ser capaz de erguer e arquear o grande arco do Senhor Shiva. Este arco era místico, e nem 300 homens juntos foram capazes de arqueá-lo, nem sequer erguê-lo. Ninguém, exceto Sita, havia erguido este arco, para tirar-lhe o pó. O rei Janaka percebeu que a sua filha deveria ser alguém especial, e que, portanto, deveria ter um esposo igualmente especial como Ela.
Sri Rama facilmente pegou e ergueu o arco, não apenas fazendo isso, como arqueando-o e o quebrando ao fazê-lo. Então Sita colocou uma guirlanda de flores frescas em Rama, dando sinal de que aceitara Rama como Seu esposo.
As esposas foram escolhidas, também para Lakshmana, e para os outros dois filhos do rei Dasarath.Uma grande cerimônia foi preparada para ocasião destes casamentos.
Sri Rama, a Suprema Personalidade de Deus, e Sita, a própria Deusa da Fortuna - Lakshmi, casaram-Se. Eles têm um relacionamento eterno; de modo que seria impossível um outro tipo de casamento d´Eles, a não ser entre Eles mesmos.
No caminho de volta para Ayodhya, a cidade do rei Dasarath, a comemoração foi interrompida por uma forte tempestade de poeira. O Senhor Parasurama, outra encarnação do Senhor Krishna, desvelou-Se como sendo a causa da tempestade, e ficou de pé fazendo um desafio para Rama. Ele queria que ter a certeza de Rama, e Lhe deu outro arco do Senhor Siva. Se Rama pudesse usar o arco-e-flecha com uma flecha mágica, Parasurama deixaria Ele passar. Certamente, Rama o fez, provando ser a Suprema Personalidade de Deus, diante de uma outra forma da Suprema Personalidade de Deus; realizando um outro passatempo do Senhor.
O tempo transcorria feliz em Ayodhya. O rei Dasarath decidiu afastar-se, e coroar Rama como o próximo rei, no seu lugar. A cidade alegrou-se, e fizeram os preparativos para o grande festival de coroação. Mas havia uma pessoa que não alegrou-se com isso, era Manthara, a criada corcunda da rainha Kaikeyi, a mais jovem e favorita do rei Dasarath, das três rainhas. Imaginando que a sua própria fortuna decairia, como rainha mais moça, e que era não era a mãe do próximo rei, então Mathara aproximou-se de Kaikeyi, dizendo que a jovem rainha não teria futuro com a coroação de Rama. Então, conspirando em segredo, as duas criaram uma conspiração, ao redor de dois favores do rei Dasarath, de uma promessa feita a alguns anos atrás, quando o rei foi salvo numa batalha. Na ocasião, elas não decidiram o que queriam, então, agora, elas queriam que as coisas fossem diferente.
Deprimida com a notícia do desejo do rei da coroação de Rama, e com a possibilidade de ficar rebaixada na sua condição de rainha (o que não seria verdade), ela retirou-se para o interior dos seus aposentos. Ela descabelou-se, retirou suas jóias, e jogou-se no chão chorando. Quando o rei Dasarath encontrou-a em tal situação, ele perguntou sobre o que estaria errado? Ela, então, disse-lhe que queria receber dele as duas promessas agora, uma vez que o rei havia prometido qualquer coisa que ela quisesse, então ela disse para o rei: "Conceda que meu filho Bharath seja coroado no lugar de Rama, e envie Rama para floresta por 12 anos!".
Dasarath não pode retirar a sua promessa, e ninguém pôde dissuadir Kaikeyi da sua determinação. Dasarath ficou muito abalado.
Rama aceitou a ordem como se o Seu pai tivesse pedido para Ele, e, assim, tanto Ele como Seu irmão Lakshmana, e Sua esposa Sita, que insistiram em ir com Ele, foram para o interior da floresta. Eles se vestiram com cascas de árvores, que Kaikeyi havia avidamente providenciado, como parte do seu pedido para o rei.
Uma carruagem levou Rama, Sita e Lakshmana para fora da cidade. Toda a população ficou muito triste e pesarosa por tal acontecimento, seguindo e dormindo na floresta com Eles. Mas cedo pela manhã, antes dos habitantes da cidade terem acordado, Rama, Sita e Lakshmana partiram silenciosamente numa carruagem, para fugir das pessoas. Apesar de tudo, Sri Rama tinha concordado com o exílio, e Ele não ficaria exilado se as pessoas da cidade ficassem junto com Ele e Seus acompanhantes.
Uma vez tendo enviado a carruagem, sozinha, para a cidade de onde vieram, e tendo abandonado a vizinhança da cidade de Ayodhya, e penetrado na floresta, na área onde viviam os sábios, Rama, Lakshmana e Sita, estavam completamente sós. Ali, Eles encontraram o primeiro dos muitos demônios que encontrariam posteriormente. Este era Viradha, que tinha muitas cabeças de animais amarradas na sua lança, e que havia agarrado Sita. Uma batalha travou-se entre Rama, e o demônio, junto com Lakshmana, no que Sita foi liberada.
Lakshmana construiu uma cabana para Rama e Sita, e Eles viveram nela uma vida simples e humilde por muitos anos. Os sábios e eremitas dos arredores freqüentemente vinham visitá-lOs, e pediam ajuda para os ataques constantes dos Rakshasas que atacavam e matavam os sábios. etc. Rama e Lakshmana mataram muitos demônios meio-homens, durante anos.
Certa feita, um demônio mulher chamada de Surpanakha aproximou-se da cabana. Escondidos por entre as árvores ele viu a bela forma de Rama e ficou cobiçosa. Então, ela desejou Rama, mas ela se esqueceu de mudar a sua forma para uma bela mulher. Na sua horrorosa forma, ela se aproximou de Rama e pediu para Ele deixar a sua "magrela" esposa Sita, e casar-se com ela, no seu lugar.
Rama havia jurado não aceitar outra esposa além de Sita, apesar da cultura da época permitir o casamento de um rei com várias outras esposas. Assim, Ele não tinha como cumprir o pedido de Surpanaka, mesmo que ela fosse uma bela e maravilhosa mulher, mas uma vez que ela era um demônio feio, Ele a provocou: "Eu sou casado, mas por que você não aceita meu irmão que não tem esposa, e fica com ele?". Ele olhou para Lakshmana, e viu que Ele era também atrativo. Então Lakshmana entrou no "jogo", também, dizendo que Rama era uma escolha melhor. Ficando irada, Surpanakha atacou Sita repentinamente, mas Lakshmana, num relâmpago, cortou as orelhas e o nariz de Surpanakha.
Surpanakha saiu correndo, chamando seu irmão mais novo, Khara, que tinha um exército a sua disposição. Vendo a sua irmã desfigurada, e vendo a sua posição de demônio da floresta ser insultada, Khara, primeiramente, enviou quatorze demônios guerreiros para matar os três. Mas Rama matou todos eles; então, Khara reuniu o seu exército e organizou um forte ataque. No caminho, eles tiveram um mau presságio, como um falcão na carruagem, corvos, chacais uivantes, chamas ao redor do Sol, e nuvens que choviam sangue. Mas no seu orgulho, Khara ignorou estes sinais...
Segundo a tradição dos Vedas, não é uma boa idéia ignorar os sinais de maus presságios. Rama destruiu todo o exército do maldoso Khara, não sobrando nada que não fosse destruído. Depois de todos os soldados serem mortos, chegou a vez de Khara ser morto, e Sri Rama saiu completamente vitorioso. Lakshmana não fez parte desta luta; Ele ficou tomando cuidado de Sita.
Surpanakha foi então procurar pelo seu irmão mais velho, o demônio Rakshasa mais perigoso, com dez cabeças, chamado Ravana. sendo astuto nos seus métodos, e querendo vingar-se da morte do seu irmão Katha. Surpanakha não apenas referiu-se ao fato da morte do irmão e do seu desfiguramento, como também mencionou que Sita, a esposa de Rama, tinha uma rara beleza, sendo a mulher mais linda do mundo.
Ravana, sendo famoso por atemorizar e atormentar os sem-deuses, era bem conhecido pelo seu harém, o qual ele tinha formado por raptar as esposas e princesas de outros reinos, ao redor de todo o universo. Então, ele ficou obcecado com a idéia de raptar Sita de Rama.
Nesta gravura nós vemos Ravana indo até o demônio Maricha para pedir ajuda na realização de um plano. de forma interessante, Maricha era um dos demônios que havia sido jogado a milhares de quilômetros dentro do Oceano, quando Rama foi chamado para ajudar os sábios na floresta. Tendo tido um encontro anterior com Rama, Maricha decidiu-se afastar-se das suas atividades demoníacas, para se tornar um sábio.
Não respeitando a decisão de Maricha, Ravana ordenou que ele se tornasse um veado dourado (pelos poderes místicos que tinha), para ajudar na conspiração contra Rama. Quando Maricha tentou recusar isso, Ravana ameaçou matá-lo. Então Maricha pensou que ser morto por Rama seria melhor do que ser morto por Ravana, e então ele concordou em ajudar nos planos malignos de Ravana.
O plano que Ravana propôs, era este: Maricha, de modo sobrenatural, na figura de um belo veado dourado, deveria descolar-se até a cabana de Rama, Lakshmana e Sita, de tal modo que Sita deveria ficar hipnotizada ao vê-lo, e pedir para Rama capturá-lo para Ela. Desta forma tanto Rama como Lakshmana seria atraídos para saírem da proteção de Sita. Mas o que aconteceu foi o seguinte, Rama realmente saiu na perseguição para pegar o veado, mas o Seu irmão tinha suspeitado de toda a coisa, e então Rama pediu para que Lakshmana ficasse ali e protegesse Sita.
Estando na floresta, Sri Rama começou a perceber o plano sujo, atirando e flechando mortalmente o veado místico. Tão logo foi flechado, o veado caiu morrendo, mas imitou a voz de Rama dizendo : "Socorro, Lakshmana, socorro!". Sita ouviu o apelo, e implorou para que Lakshmana fosse acudir o pedido de Rama. Lakshmana sabia que nada podia ferir Rama, mas quando Sita ficou assim tão agitada, e ouvindo Ela dizer que Rama poderia morrer, Lakshmana sentiu-se magoado com isso, e concordou em deixar a cabana. Então ele invocou um círculo mágico protetor ao redor de Sita, e da cabana, e disse para que Ela permanecesse no círculo, e então Ele saiu para encontrar Rama.
Quando Lakshmana saiu, Ravana veio, disfarçando-se de um Brahmana enfraquecido, e pedindo comida (a tradição védica diz que não se deve negar alimento para um Brahmana, que pede por ele). Com compaixão, Sita trouxe alimento para ele, saindo de dentro do círculo mágico. Imediatamente, Ravana revelou a sua verdadeira identidade, e raptou Sita, colocando-A dentro da carruagem, puxada por asnos, com rostos endiabrados.
Na carruagem, voando alto no ar, Sita gritou por ajuda. Uma tentativa heróica de ajudar Sita veio na forma de Jatayu, um velho falcão que havia sido amigo do pai de Rama, o rei Dasarath. Jayatu não era um pássaro comum, e então ele atacou Ravana, destruindo a carruagem. Mas Ravana feriu Jatayu com flechas, e eles todos caíram no chão. Jatayu caiu mortalmente ferido; Ravana segurou Sita, e vou com ela sem a ajuda da carruagem.
Vendo que Sita estava perdida, Rama correu para a floresta Se lamentando, chamando pelo nome d´Ela, e perguntando para todos onde Ela poderia estar. Lakshmana estava se lamentando por ter desobedecido as ordens do Seu irmão, tendo a cabeça curvada. Em toda a floresta, os animais também ficaram pesarosos pelo ocorrido.
Enquanto Sri Rama procurava por Sita, Ravana carregou-A cruzando o Oceano, para o seu reino de Lanka, colocando-A sobre guarda, rodeada por demônios mulheres, num bosque. Devido a uma maldição, Ravana não ousava forçar uma mulher, temendo a morte, mas ele esperava convencê-la através dos seus encantos masculinos. No caso de falhar nos seus encantamentos masculinos, ele disse a ela que se ela não o aceitasse, dentro de um ano, ele iria comer o seu corpo no café-da-manhã.
Sita ficou desesperada, e decidiu jejuar até a morte. Sabendo disso, os semi-deuses ficaram ansiosos pelo que a morte de Sita causaria no coração de Rama, e por não matar Ravana. Os semi-deuses temiam Ravana enormemente, e haviam confiado em Rama de libertar o universo inteiro da tirania de Ravana. Então, Sri Indra, o semi-deus das chuvas (o maior dos semi-deuses em importância), foi até Sita com um pote de arroz-doce, o qual era um alimento espiritual, que havia sido oferecido para a Suprema Personalidade de Deus (Prasada). O alimento dado por Indra trazia a bênção de que, quem o comesse, jamais sentiria fome. Sita, respeitando o alimento espiritual, aceitou-O, deixando a idéia de jejuar até a morte. Acompanhando o Senhor Indra estava Nidra, o semi-deus que colocou os demônios que estavam de vigia a dormir, durante toda a reunião com Sita.
Rama e Lakshmana haviam encontrado o pássaro Jatayu morrendo, que no seu último suspiro disse para Eles o que havia acontecido. Então Eles entraram na floresta na direção do Oceano, centenas de milhas adiante. No caminho, Eles foram repentinamente capturados por um gigante, um terrível demônio chamado de Kadanbha. Kabandha não tinha pescoço, e tinha braços de oito milhas de cumprimento. Rama e Lakshmana lutaram com o demônio, fazendo com que ele afastasse seus braços, fazendo com que caíssem no chão.
Conta-se o seguinte: era dito que o demônio havia sido um semi-deus, que queria assumir a forma de um demônio para assustar as pessoas. Um sábio, irritado por aquele comportamento, amaldiçoou-o para que permanecesse como um demônio. O sábio, disse também, que ele seria libertado, no curso dos tempos, por Rama e Lakshmana. Um vez, numa luta com Indra, ele recebeu um raio que retirou-lhe a cabeça colocando-a no peito.
Rama e Lakshmana mataram o demônio, e cremaram o seu corpo. Desta maneira, Kabandha subiu aos céus na sua forma de semi-deus, e orientou Rama para pedir ajuda dos macacos, que estavam sob a governo do rei macaco, Sugriva.
Na floresta, Rama e Lakshmana encontraram os macacos, reinados pelo rei Sugriva, onde conheceram Hanuman e Seus companheiros.
Um bando de macacos foi enviado para o sul do continente, tendo sido orientados por testemunhas de que Sita havia sido levada para lá, cruzando o oceano. Os macacos escolheram Hanuman como sendo o único capaz de pular, cruzando o oceano. Hanuman transformou-se num gigante, subiu no topo de uma montanha, e voou por sobre as ondas de Lanka, na procura de Sita.
Ao chegar em Lanka, Hanuman transformou-se num pequeno macaco, andando ao redor da cidade a procura de Sita. Então Ele A encontrou num bosque, rodeada pelas demônios de Ravana. Na primeira vista, Sita suspeitou que se tratasse de mais um truque de Ravana, para atormentá-la, mas Sri Hanuman convenceu-A ao cantar as glórias de Sri Rama, dando a correta descrição d´Ele. Finalmente, Sri Hanuman presenteou Sita com o anel de Rama, o qual Ela reconheceu.
Hanuman foi capturado pelos soldados de Ravana. Então, eles decidiram humilhá-lO em vez de matá-lO, não levando o mensageiro de Rama muito a sério. Eles colocaram fogo na cauda de Hanuman, e Ele, em retaliação, colocou fogo na cidade. Ele disse que uma maldição cairiam por sobre o reino de Ravana, pela ofensa de ter raptado Sita, então ele saltou novamente, retornando para onde esta Rama, levando as notícias.
Rama tinha no Seu auxílio um exército de milhões de macacos, mas a enorme distância do continente até Lanka, no Oceano, era um obstáculo. Os semi-deuses do mar prometeram para Rama que as pedras iriam flutuar na construção de uma ponte, que deveria ser construída. Os macacos trabalharam arduamente, carregando pedras e árvores para construir a enorme ponte. Todo o exército marchou, cruzando a ponte, até Lanka.
A cidade de Lanka, na manhã seguinte, despertou rodeada de milhões de soldados macacos. Ravana, por sua vez, tinha um enorme exército de demônios Rakshasas, de modo que uma grande batalha ocorreu.
Num determinado ponto, milhares de setas-serpentes picaram Rama e Lakshmana, que caíram no campo de batalha para morrer. Mas a grande águia Garuda, veio salvá-lOs. Garuda é transportador do Senhor Vishnu. Ele tinha o desejo de servir a missão do Senhor, nos Seus passatempos, ajudando o Senhor Ramachandra.
De fato, as milhares de flechas eram serpentes transformadas misticamente em setas. Mas Garuda come as serpentes, e eles ficaram com muito medo ao vê-lO. As serpentes recuperaram a forma de serpentes, e rapidamente deslizaram para fora dali. Então, Garuda tocou Rama e Lakshmana, curando-os dos Seus ferimentos.
A batalha colérica durou dias. Ravana havia perdido os seus generais mais importantes. Então ele percebeu que era hora de acordar Kumbakarma, o irmão de Ravana. A única característica era o fato de ele ser um gigante. Há muito tempo atrás, ele havia criado um tumulto no universo, comendo muitas pessoas, e os semi-deuses o amaldiçoaram colocando-o para dormir 364 dias por ano, e apenas despertando um dia por ano para comer.
Kumbakarma dormia no chão de uma caverna com oito milhas de comprimento, para acomodar sua forma gigante. Tropas de demônios entraram na caverna, tendo que tolerar o ciclone da respiração má que saia do demônio, quando ele roncava. Eles trouxeram baldes de sangue para gratificá-lo. Eles fizeram ruídos, com galopar de cavalos, elefantes, asnos, andando por sobre e ao redor do seu peito. Não foi fácil acordar o gigante do seu sono.
Quando Kumbakarma, finalmente, acordou, ele juntou-se a batalha, matando milhares de macacos com um simples balançar da sua maça, jogando punhados dos soldados macacos dentro da sua boca, e os comendo. Os macacos jogavam rochas e pedaços de montanha no demônio, mas nada adiantava.
Finalmente, Rama o matou, primeiro cortando um dos seus braços, e depois o outro, depois suas pernas, e, por fim, a sua cabeça.
A batalha enfureceu, e Rama e Lakshmana foram feridos gravemente por flechas especiais, e foi dito que apenas um tipo de erva poderia curar a febre, e salvá-lOs da morte. Esta erva estava numa montanha no Himalaia, e Os salvaria.
Hanuman, mais uma vez, pulou alto no ar e voou até o Himalaia, encontrando a montanha, mas não conhecia qual era a erva que deveria colher. Então, ele pegou a montanha e carregou-a com ele para o campo de batalhas, onde estavam os especialistas que conheciam a erva e sabiam como realizar o tratamento com ela. Deste modo, Rama e Lakshmana foram tratados com a erva, bem como todo o exército de macacos.
Todos os generais de Ravana foram mortos, e agora Ravana estava lutando pessoalmente com Rama. Nesta ocasião, Indra deu uma carruagem de ouro para Rama, de modo que ficaram frente a frente em meio a batalha. Rama atirou muitas flechas nas cabeças de Ravana, mas cada uma que caía, outra surgia nas costas de Ravana, jogando flechas em Rama. Finalmente, Rama atirou uma flecha mística em Ravana, jogando o demônio no chão, e o matando.
A grande batalha terminara. Sita retornou para Rama, mas Rama fingiu desconfiar d´Ela. Ele pensou, "Sita havia sido fiel a Ele ou não?". Ele deu a Ela a liberdade. Estando deprimida, Ela preparou uma pira, acendeu-a, e entrou no fogo. Em seguida, o semi-deus do fogo, Agni, trouxe-A de forma sem nenhum dano, dizendo: "Rama, o senhor deve aceitá-lA; Ela é absolutamente pura".
A época do período de exílio havia passado, e era tempo de retornar a Ayodhya. Rama, Lakshmana, Sita, Sugriva, e também Hanuman, e muitos outros que ajudaram na batalha contra Ravana, foram para a cidade, nos maravilhosos aeroplanos que haviam sito roubados dos semi-deuses, tendo agora sido recuperados.
O irmão de Rama, Bharat, do qual o reino forçou o exílio, jamais havia aceito a realeza, e reinou representando Rama. Houve um grande regozijo no retorno triunfante de Rama, que governou o reino na retidão.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Qualificação e Perfeição de Vyasadeva




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INDAGAÇÕES ACERCA DO ABSOLUTO
Inquiries into the Absolute
Uma coleção de respostas intrigantes e motivadoras para o intelecto apresentadas por Sua Santidade Romapada Svami às questões levantadas por devotos acerca de variados tópicos espirituais.
10. Formas, Expansões, Energias e Encarnações de Krsna

10.8. Vyasadeva

10.8.2) Qualificação e Perfeição de Vyasadeva
Com base na história de Vyasadeva correndo atrás de Seu filho, Sukadeva Gosvami, algumas pessoas que conheço argumentam que Vyasadeva não é perfeito, e, portanto, os Vedas, compostos por Ele, podem não ser perfeitos. Por favor, esclareça esta história e explique também como isso se relaciona com a qualificação de Vyasadeva para escrever os Vedas. (Digest 187.1)
Este passatempo que você mencionou é descrito no próprio Bhagavatam (vide, por favor, SB 1.2.2 e 1.4.5 e significados) – trata-se de uma maravilhosa glorificação da posição transcendental de Sukadeva Gosvami, mesmo no momento de seu nascimento. Grandes acaryas explicam estes versos; aqui está o que Srila Prabhupada escreveu em seu significado: “As moças, por meio de suas qualificações especiais, puderam notar isso imediatamente, e, portanto, elas não se preocuparam muito com ele [Sukadeva Gosvami]. Todavia, quando seu pai [Vyasadeva] passou, as moças rapidamente se vestiram. As moças eram exatamente como filhas ou netas dele, elas, entretanto, reagiram à presença de Vyasadeva de acordo com o costume social uma vez que Srila Vyasadeva fazia o papel de um chefe de família. Um chefe de família tem que distinguir entre masculino e feminino; de outra maneira, ele não pode ser um chefe de família... Srila Vyasadeva também estava na plataforma transcendental, mas, como ele estava na vida de chefe de família, ele, como uma questão de costume, não fingiu ser uma alma liberada”.
Vyasadeva é uma encarnação da Personalidade de Deus; ele está atuando o papel de um pai de família, e, deste modo, estabelecendo a todos o exemplo do comportamento ideal em tal posição. A glorificação a Sukadeva Gosvami como transcendental às distinções corpóreas de masculino e feminino é muito condizente com sua posição na ordem renunciada de vida. Por outro lado, alguém atuante na sociedade como um grhastha não deveria artificialmente fingir ser transcendental às distinções corpóreas – isto acarretaria apenas perturbações sociais e desordens. O fato não é que as donzelas não fossem capazes de apreciar o caráter transcendental de Vyasadeva, mas, como ele estava revelando-se como um chefe de família, elas seguiram o protocolo de tal asrama muito apropriadamente. Ao invés de diminuir sua posição, este passatempo, na verdade, acentua as qualidades e o caráter de Vyasadeva, que, muito embora plenamente liberado, aceita a posição de chefe de família para estabelecer um exemplo ideal para o seguimento do homem comum, assim como o fez o rei Janaka e outros, como declara o Bg. 3.20-21.
Vyasadeva é aceito como uma encarnação do Senhor Supremo; ele é confirmado como tal por seu pai Parasara Muni no Visnu Purana. Para estabelecer o exemplo – exatamente como Krsna fez ao frequentar a escola de Sandipani Muni – Vyasa tornou-se discípulo de Narada Muni, que exaltou Vyasa como puro e como possuidor de visão perfeita, e que o apontou para compor o Srimad-Bhagavatam, a nata de todos os Vedas (SB 1.5.21). Vyasadeva é reverenciado, aceito e seguido por todos os grandes sábios e pessoas santas, incluindo acaryas recentes, como Ramanujacarya, Madhvacarya e o Senhor Caitanya até Srila Prabhupada. Inclusive o próprio Sukadeva Gosvami – quem este passatempo visa glorificar – aceitou Vyasadeva como seu mestre espiritual e voltou para aprender o Srimad-Bhagavatam com ele. Ele não teria procedido deste modo caso Vyasa não estivesse em uma plataforma igualmente transcendental (SB 1.7.8).
Não há margem, portanto, para mácula, desqualificação ou dúvidas sobre a autoridade de Vyasadeva na apresentação dos Vedas – ao menos, assim é aceito por todos os grandes instrutores santos e instruídos de todos os tempos. Estaremos imensamente seguros aceitando o veredicto de tais mahajanas e seguindo seus passos.
As atividades de grandes almas não podem ser mensuradas pelo parâmetro de nossas pré-concepções mentais.. Somente uma pessoa altamente qualificada pode compreender corretamente outra grande personalidade. Assim como os passatempos de Krsna ou Rama, embora frequentemente interpretados de maneira equivocada, podem ser compreendidos corretamente apenas através da sucessão discipular, o mesmo se aplica às atividades dos grandes devotos. Temos de exercitar grande nível de cautela na tentativa de compreender suas atividades, e devemos ter o cuidado de produzir nossas conclusões com base na audição de acaryas fidedignos e tattva-darsis. O Senhor Krsna apregoa que, a fim de aprender a verdade, a pessoa deve aproximar-se de uma tattva-darsi, um vidente da verdade, indagá-lo submissamente e prestar-lhe serviço (Bg. 4.34) – tal é o processo para a obtenção do conhecimento das relações transcendentais entre Krsna e Seus exaltados devotos.


Tradução de Bhagavan dasa (DvS)