Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

terça-feira, 5 de junho de 2007

Vaticanistas vêem rigor e conservadorismo em texto papal




Por Valquíria ReyDe RomaExtraído do www.bbcbrasil.com


Vaticanistas italianos afirmam que o documento que rege a celebração de missas divulgado nesta terça-feira no Vaticano reforça a face conservadora e rígida do papa Bento 16.No documento, intitulado Sacramentum Caritatis, o papa reafirma a posição da Igreja sobre o celibato, o matrimônio entre homossexuais e a comunhão de divorciados, confirmando o conservadorismo do atual papado. Quando determina novidades, o papa nada mais faz do que voltar ao passado."É um documento muito conservador. O papa não utilizou as recomendações do Sínodo dos Bispos de maneira progressista", diz Bruno Bartoloni, vaticanista do jornal Corriere della Sera, à BBC Brasil. "Em vez disto, ele foi rigoroso".Entre as alterações, o papa propôs um maior uso do latim na igreja, tanto por parte dos padres como pelos fiéis, e dos cantos gregorianos, pedindo que não sejam utilizados gêneros musicais que desrespeitem o sentido da liturgia."É necessário que se valorize adequadamente o canto gregoriano como próprio da liturgia romana. É necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de gêneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia", diz o documento.CritériosCom relação à homilia, sermão feito pelo sacerdote no decorrer da missa após a leitura do Antigo e do Novo Testamento, Bento 16 pede que sejam evitados temas genéricos ou abstratos.O papa diz que é "oportuno oferecer, prudentemente, homilias temáticas aos fiéis que tratem, ao longo do ano litúrgico, dos grandes temas da fé cristã".No documento, de 140 páginas, consta um veto às penitências e absolvições em grupo e um pedido de moderação no momento da saudação da paz, quando os fiéis se cumprimetam antes de receber a comunhão, limitando o gesto apenas a quem está mais próximo."O papa apresenta critérios muito precisos de como quer a sua missa", diz o vaticanista Ignazio Ingrao. "Ele não rompe com os princípios do Concílio Vaticano 2º. O documento não representa um retorno total ao passado, mas apresenta uma reforma muito rígida."Bento 16 defendeu a realização de celebrações eucarísticas em pequenos grupos e a limitação de grandes concelebrações com numerosos padres, que só devem ser realizadas em situações extraordinárias.Na opinião de Ingrao, o papa não quis alterar a posição da Igreja com relação a temas polêmicos e mostrou claramente como é a missa dele, como quer que ela seja celebrada.Arquitetura sacraBento 16 não proibiu o acesso à comunhão aos políticos que se dizem católicos, mas votam em leis contra a moral da Igreja.Divorciados que se casaram pela segunda vez, no entanto, não podem comungar. O documento não diz que eles estão proibidos de estar nas missas, mas recomenda que os bispos estejam atentos e vigilantes.Aos muçulmanos polígamos que se tornam católicos, o papa recomenda que eles abandonem suas mulheres.Em sua exortação apostólica, ele fala sobre a arquitetura sacra, a posição do sacerdote com relação ao altar e o lugar adequado do sacrário (a caixa onde é guardada a eucaristia) após a celebracão, dentro das igrejas.Bento 16 também propõe mudanças na consagração na tradição italiana e diz como quer que seja feita a saudação de despedida no final da celebração eucarística.
Postado por Rasananda Dasa

Cantar japa


Cantar japa não significa realmente cantar, no sentido de melodias, etc., e sim apenas entoar, pronunciar o mantra. A palavra japa em si pode ser traduzida como murmurar.
Instruções sobre como cantar japa.1. Segure a japa (rosário com 108 contas) na mão direita. Se você não tiver acesso a uma japa-mala pode até mesmo utilizar um barbante com 108 nós.2. Mantenha a japa entre os dedos polegar e médio, na primeira conta depois da principal.3. Passe suavemente para a conta seguinte, à medida que entoe o maha-mantra: Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Pode fazer bem baixinho, de forma que apenas você consiga ouvir, ou pode fazer mais alto, conforme preferir ou for conveniente.4. Passe para a conta seguinte e cante novamente o maha-mantra. Em seguida, passe para a próxima e repita o processo, assim por diante.5. Ao chegar à última conta antes da principal (que não é cantada), vire a japa e continue a cantar, começando com a conta na qual você terminou a volta (uma volta tem 108 contas).6. Cante uma ou mais voltas por dia, de acordo com suas possibilidades, mas tente nunca cantar menos do que o número que você determinou-se a cantar. Os devotos iniciados do movimento Hare Krishna cantam pelo menos 16 voltas por dia. O importante é manter um compromisso fixo e não falhar. Isso é o item mais importante de seu saddhana.Embora não existam regras fixas e inflexíveis para cantar os santos nomes de Deus, apresentamos adiante algumas dicas que podem ajudá-lo neste processo:a) Cante com sentimento, como se você fosse uma criança clamando pela presença da sua mãe.b) Cante com nitidez, ouvindo cada sílaba e fixando a mente no som do maha-mantra.c) Cante sem interrupções, como um rio fluindo para o oceano.d) Cantar bem cedo, antes mesmo do sol nascer, é recomendável. Sentirá como é mais fácil fixar sua mente nos santos nomes nesses horários. Também, por ser a prática mais importante do seu dia, é bom dar prioridade a isso, antes que as exigências do dia lhe roubem todo seu tempo.e) O objetivo é apenas ouvir seu cantar. Tente não pensar em mais nada, nem mesmo em assuntos de natureza transcendental. Cantar japa atentamente não é fácil, mas deve ser seu objetivo constante. Sempre que sua mente lhe arrastar para qualquer outro assunto enquanto canta japa (o que vai acontecer muito!), traga-a de volta aos santos nomes. Nunca desanime. Mesmo o cantar desatento é extremamente poderoso. Portanto, o segredo é continuar sempre cantando, fazendo seu melhor e dependendo da misericórdia de Krishna.Lembre-se também que sempre que estiver falando (ou mesmo escrevendo) sobre Deus, ou qualquer assunto diretamente ligado a Ele, está praticando o “cantar”, pois toda divulgação das glórias, nomes, atividades, devotos, livros, etc. de Deus é também pura bhakti-yoga.Na medida que avançar, assimilando bem os conhecimentos através da prática do item anterior (ouvir) e realizando-as através do cantar, poderá e deverá transmitir seu conhecimento transcendental, em especial divulgar o cantar dos santos nomes de Deus, como puder, dentro de suas possibilidades. Apenas não seja um farsante! Transmita apenas aquilo que compreendeu, sem modificar ou acrescentar nada. Mais fácil ainda, apenas divulgue seus bons resultados com as práticas de bhakti-yoga (e pode ter certeza que se praticar terá bons resultados!), recomendando que as pessoas sigam o mesmo caminho que está trilhando agora.


Manual de Bhakti-yoga
P/ Giridhari Das

Emergência Espiritual e a Crise Global




A ciência moderna dispõe de todo conhecimento necessário para eliminar a maioria das enfermidades, combater a pobreza e a inanição e gerar abundância de energia segura e renovável. Contamos com recursos e mão-de-obra suficientes para realizar os mais desvairados sonhos da humanidade.Contudo, mesmo com todo esse progresso, estamos cada vez mais longe de um futuro feliz, livre de sofrimentos. Os mais importantes triunfos tecnológicos- a energia atômica-, a cibernética, a química e a bacteriologia – voltaram-se para propósitos belicosos, criando um poder destrutivo inimaginável. Centenas de milhões de pessoas morrem de fome e de doenças, que poderiam ser remediadas pelos bilhões de dólares gastos anualmente na loucura da corrida armamentista. Além disso, vários cenários plausíveis de hecatombe global, da gradual destruição ambiental de vários tipos à devastação repentina e imediata pelo holocausto nuclear, deixa-nos com o dúbio privilégio de sermos a primeira espécie da história do planeta a desenvolver o potencial para cometer suicídio coletivo e, o que é pior, destruir com esse ato todas as outras formas de vida.Diante dessa perigosa situação, é vital identificarmos as raízes da crise global e desenvolvermos remédios eficazes para aliviá-la. A maioria das atuais abordagens dos governos e de outras instituições tem como foco medidas militares, políticas, administrativas, legais e econômicas que refletem as mesmas estratégias e atitudes que criaram a crise, atacando antes os sintomas do que as causas e, por essa razão, produzem, quando o conseguem, resultados limitados.Se temos os meios e o conhecimento tecnológico para alimentar a população do planeta, garantir a todos um padrão de vida razoável, combater a maioria das enfermidades, reorientar as indústrias para fontes de energia inesgotável e evitar a poluição, o que nos impede de dar esses passos positivos?A resposta está no fato de todas as situações difíceis acima mencionadas serem sintomas de uma única crise fundamental: os problemas que enfrentamos não são, em última análise, apenas econômicos, políticos e tecnológicos. Eles são reflexos do estado emocional, moral e espiritual da humanidade contemporânea. Dentre os aspectos mais destruidores da psique humana, estão a agressão mal-intencionada e o consumismo insaciável. Trata-se de forças responsáveis pelo desperdício inimaginável da beligerância moderna. Elas também impedem uma divisão mais adequada dos recursos entre pessoas, classes e nações, bem como a reorientação para prioridades ecológicas essenciais à continuidade da vida neste planeta. Esses elementos destruidores e autodestrutivos na atual condição humana são uma conseqüência direta da alienação da humanidade moderna tanto de si mesma como da vida e dos valores espirituais.Em vista desses fatos, um dos poucos movimentos encorajadores e auspiciosos do mundo de hoje é o renascimento do interesse pelas antigas tradições espirituais e pela busca mística. Pessoas que passaram por intensas experiências de transformação e conseguiram aplicá-las à sua vida cotidiana exibem mudanças muito nítidas em seus valores. Esse resultado encerra uma grande promessa para o futuro do mundo, uma vez que representa um movimento que se desvia das características destruidoras e autodestrutivas da personalidade, bem como o surgimento de características que promovem a sobrevivência individual e coletiva.As pessoas envolvidas nos processos de emergência espiritual tendem a desenvolver uma nova apreciação de todas as formas de vida, bem como reverência por elas, ao lado de uma nova compreensão da unidade de todas as coisas, o que costuma levar a intensas preocupações ecológicas e a uma maior tolerância diante dos outros seres humanos. A consideração por toda a humanidade, a compaixão por todos os elementos da vida e o pensamento em termos do planeta como um todo passam a ter prioridade diante dos interesses estreitos das pessoas, das famílias, dos partidos políticos, das classes, das nações, e dos credos. Aquilo que nos une mutuamente e aquilo que temos em comum se torna mais importante do que as nossas diferenças, vistas antes como fator de aperfeiçoamento do que como ameaças. Podemos ver, nas atitudes típicas da emergência espiritual, o contraponto da intolerância, da irreverência para com a vida e da falência moral – raízes da crise global. Dessa maneira é nossa esperança que o crescente interesse pela espiritualidade e a grande incidência de experiências místicas espontâneas sejam o arauto da mudança da consciência da humanidade numa direção que vai ajudar a reverter o nosso atual curso de autodestruição.Vimos que pessoas que passam por emergências espirituais obtêm enormes benefícios de abordagens que apóiam o potencial transformador desses estados. Essas novas estratégias também podem ter efeitos muito benéficos no ambiente humano imediato dessas pessoas – a família, os amigos, e os conhecidos. É estimulante considerar que essas atividade pode , além disso, ter relevância para a sociedade humana como um todo, ajudando a minorar a crise por que todos passam.


Stanislav Grof e Christina Grof