Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami
Jagad Guru Srila Prabhupada

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007


No próximo dia 30 comemora-se o aparecimento transcendental de Sri Nityananda Gosai.


"Os devotos puros que pertencem as rasas que não sejam madhurya-rasa aceitam Sri Nityananda Prabhu como seu mestre espiritual original, e Sri Radhika é o mestre espiritual original dos rasika bhaktas que pertencem a madhurya-rasa."(Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur)Sri Nityananda Trayodasi Maha Mahotsava Ki Jaya!!!Nityananda Dhyana(Meditação na Forma Transcendental de Sri Nitaisundara)Sri-NityanandastakaTexto 1"O rosto de Sri Nityananda é mais belo e refrescante do que a Lua de outono.A refulgência que emana do Seu corpo é supremamente bela. Ele movimenta-se como um elefante louco, porque está sempre intoxicado com krsna-prema. Ele está sempre louco atrás de krsna-prema. O Seu corpo é simplesmente energia espiritual pura. Ele sempre tem um rosto sorridente. Os Seus olhos são irriquietos, movendo-se de um lado para o outro. Suas mãos de lótus sempre seguram um bastão resplandecente. Sim, este é Sri Nityananda, o qual ao agitar este bastão, destrói todas as nossas reacções de Kali Yuga.Devemos nos refugiar em Sri Nityananda e implorar pela misericórdia de Sri Nityananda!Ele é a raiz de krsna-prema bhakti-kalpa-taru, a raiz da árvore da devoção amorosa a Sri Krsna.Eu faço meu bhajana do Senhor Nityananda, a raiz de krsna-bhakti-vrksa."(Srila Vrndavana Dasa Thakur)


Vosso servo,

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Caminho da meditação


Caminho da meditação


A forma humana de vida é uma conquista especial no samsaraA matéria é objeto, é inerte, e os três modos encontram-se embutidos nelaOs sentidos são ativos e fazem a conexão do sujeito com a matériaA mente interage com os sentidos,conduzindo-os aos objetosA inteligência delibera e seleciona os modos da açãoO falso ego ressente-se do positivo e do negativoA alma é espiritualA força espiritual conquista os sentidosPercebemos a necessidade de uma cultura de amorA confiança é um aspecto do amorHonestidade atrai honestidade, Confiança atrai confiançaA confiança transforma o negativo em positivoPodemos atrair energias superioresSomos capazes de escolher o tempo, o lugar e as circunstânciasA mediocridade é sempre uma ameaçaA futilidade está sempre disponívelComportamento positivo é o comportamento naturalComportamento negativo é um chamado ao amorO problema é amor insuficienteConfidencialidade é fundamental para se desenvolver amorCompaixão exige coragemPodemos pôr todos os seres dentro de nossos coraçõesSomos capazes de remover todas as barreiras para nos amar uns aos outros completamente.
Dhanvantari Swami
(inspirado em Bhakti tirtha Swami)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007


----- Original Message ----- From: "rasananda dasa"
Sent: Tuesday, January 16, 2007 3:30 PMSubject:

Carta Aberta aos Devotos

Queridos devotos.

Por favor, aceitem minhas reverencias.

Todas as glórias a Srila Prabhupada.


Desde que tenho recebido emails de amigos querendo notícias, eu decidiescrever esta carta aberta a todos meus amigos e benquerentes.

Já faz algum tempo que decidi estar à parte da instituição e residir em um localrecluso. A instituição como está hoje não me atrai, e para não trazer constrangimento a mim e a outros eu decidi tomar meu próprio rumo pessoal eindividual. Isto não significa que desdenho a instituição, eu sou seu benquerente.


Estando deste modo à parte do sistema eu não sinto que esteja dando o melhor exemplopara o ashrama de sannyasa, e para não denegrir este ashrama eu decidi abandonar aindumentária e designação de sannyasa. No entanto, tenho sido sério na prática dosvalores para um Vaishnava, sigo estritamente os princípios reguladores, tenhopregado e distribuído livros de Srila Prabhupada sempre que encontro oportunidade,tenho me ocupado em escrever, e continuo com minha missão de pregar a consciência deKrishna. Saibam que comesta minha decisão eu me sinto mais honesto comigo mesmo e para com todos vocês.Em essência eu sou a mesma pessoa, porém menos artificial.


Quero manter esta mensagem concisa e convido aqueles que quiserem secorresponder comigo assim o fazerem. Convido meus amigos e benquerentes a mevisitarem e darem sua associação. Para aqueles que encontraram e encontram algumainspiração em minha associação eu estarei sempre a disposição,


afetuosamente,

Rasananda Dasa

sábado, 13 de janeiro de 2007

Leitura na sala do Templo de Vrajabhumi



Leitura na sala do Templo de Vrajabhumi
fonte:http://diariocmsw.blog.uol.com.br/index.html

O propósito principal da minha vinda para o Ashram Vrajabhumi começa a ser cumprida, já que estou conseguindo tempo, sossego e o ambiente espiritual necessário para trabalhar nos textos de alguns livros que já foram iniciados por mim. Tenho 4 livros que quero trabalhar: O primeiro é o “GAP 108”, que se trata do método de estudo da Bhagavad-gita bastante interessante e já está praticamente pronto. É apenas uma questão de revisão, mas, como ele é bastante volumoso, leva um certo tempo. O segundo é um enorme desafio. Combinei com o músico Marcos Vianna de trabalhar num livro de poesias da Bhagavad-gita. Já fiz poesias, mas só para mim mesmo e nunca pensei em publicar nada que se refira a isto. A idéia é que ele musicou alguns poemas de Omar Khayyan e Khalil Gibran, com interpretações maravilhosas da atriz Letícia Sabatella. Por que, então, não fazer o mesmo com a Gita?
O terceiro livro é sobre Advaita-Acarya, um dos membros do Pañca-tattva e já publiquei um breve texto sobre o início do trabalho. E o quatro livro é de Reflexões sobre o cantar dos santos nomes, divididos em 10 capítulo que tratará de cada uma das dez ofensas. Hoje, Quinta-feira, tive algumas reuniões com os devotos, mas puder mergulhar horas a fio no trabalho. Precisava disto e me sinto alimentado quando escrevo. Sinto uma enorme satisfação e uma necessidade (não apenas intelectual) satisfeita. Vou mostra uma parte de um dos textos:

Na mente do sábio não há lamentação. Nada o detém. Nada o entretém.
Nem corpo, nem vida, nem morte.
Ele considera inútil somente o que é inútil.
Ele não cria fantasmas, nem lhes sopra vidas.
Se eu, tu, todos nós, sempre existimos e nunca deixaremos de existir, se lamentar para quê?

Na mente do sábio não há lamentação. Seu coração é impermeável às dores e aos prazeres do mundo.
Passa a infância, a juventude, a velhice. Cedo ou tarde, a morte chega. Mas, o que ela é?...
Ó maior dentre todas as mentiras, vives atarefada com as almas, trocando seus corpos.
Por outros e outros, e novamente...

Todas as glórias a Srila Prabhupada! Até amanhã e Haribol!

Escrito por diariocmsw às 07h20

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Dando um novo sentido à vida



Dando um novo sentido à vida





Entrevista com Gustavo, ex-tenente do exército que tornou-se Gurusevananda, monge Hare Krishna, viajou pela índia e agora é um integrante do projeto de Goura-Vrindávana.

Por Prushatraya Swami




Amor e Confiança: Gostaríamos de saber os motivos que levaram-no a trocar a estável carreira militar pela vida monástica, cheia de incertezas e dificuldades?
GSA: Acredito que cada pessoa neste mundo tem um determinado papel a cumprir (dharma), que lhe é dado por Deus de acordo com sua própria natureza. A satisfação pessoal vem à medida em que conciliamos nossa vida com o plano divino, de modo que nossas atividades satisfaçam, em última análise, a Vontade Suprema. Todas essas mudanças que ocorreram comigo nesses últimos quatro anos são resultados de minha busca espiritual de tentar compreender minha missão nesta vida.
AeC: Que missão é essa e o que te dá tanta certeza de que ela é a vontade de Deus para a tua vida?
GSA: Em seu livro “Terra dos Homens”, Saint-Exupèry diz que somente aqueles que entendem seu papel podem viver felizes e mesmo morrer felizes, pois o que dá sentido à vida dá também sentido ao sacrifício da própria vida. Pois bem, outro fruto de minha busca espiritual foi a decisão de fazer de minha vida uma oferenda para a satisfação de Deus, Krishna. Essa determinação foi despertada em mim pela leitura dos livros de Srila Prabhupada e pela associação que tive com devotos e monges. Aí, então, tive forte impressão de que cada passo era guiado por Krishna. Não é que Ele tenha aparecido milagrosamente diante de mim, mas tudo se passava dentro do coração, na medida em que Ele dava-me discernimento para fazer as escolhas corretas. Tais experiências internas são um tanto difícil de serem descritas. O fato é que tudo depende da qualidade da comunicação que estabelecemos com Ele. De nossa parte é necessário que estejamos com a consciência bem desperta e absortos em oração e contemplação. Da parte dEle há maravilhosos arranjos feitos através de incríveis coincidências e intuições.
AeC: Diga-nos como foi a reação das pessoas de sua relação ao manifestar sua decisão de tornar-se um monge?
GSA: Num primeiro momento, tanto meu pai, tios e avô (todos militares) assim como meus superiores hierárquicos no quartel acusavam-me de estar fugindo da responsabilidade que eu tinha em relação ao serviço da pátria. Quanto a isso, fiz vê-los que não era incapacidade para assumir tal compromisso, visto que minha carreira desenrolava-se de forma bem sucedida. Na verdade, estava assumindo um compromisso muito maior pois, uma vez que Deus é a fonte de tudo, o serviço a Ele é muito mais abrangente e automaticamente beneficia não somente a pátria mas a todos. à medida em que minha vocação religiosa despertava, a execução daquele papel militar já não me preenchia completamente. Minha consciência expandia-se para o plano transcendental e aspirava ao serviço amoroso a Deus. No final, recebi apoio de meus ex-companheiros de quartel e, em especial, de meu pai.
AeC: Fale-nos um pouco sobre a tua experiência na índia.
GSA: Assim como uma plantinha para se desenvolver precisa de luz, água e um solo fértil, senti que no início de minha senda espiritual também precisaria de adquirir bastante conhecimento (luz) e dedicação às atividades devocionais (água). A índia foi o lugar ideal para isso. Lá pude realizar bons estudos sobre a filosofia e tive oportunidade, também, de viajar por quase todo o país, conhecendo interessantíssimos aspectos culturais e visitando locais sagrados de peregrinação. Quanto ao terceiro item, eu o associo á minha vinda para Goura-Vrindávana, o “solo fértil” onde poderei me fixar e desenvolver.
AeC: Dê tua apreciação sobre o projeto de Goura-Vrindávana.
GSA: Goura-Vrindávana tem certas características que fazem deste projeto algo único. A meu ver, um dos principais fatores para o bom andamento do projeto é a preocupação dos líderes em ajustar tudo em harmonia com o tempo, lugar e circunstâncias. O projeto não se restringe apenas aos aspectos espirituais mas preocupa-se em criar uma sólida base material para que o aperfeiçoamento espiritual de seus integrantes possa ocorrer de forma estável. A vida é simples mas a qualidade de vida é superior a começar pela alimentação saudável com produtos orgânicos e culminando na associação com pessoas que cultivam elevados ideais espirituais. Goura-Vrindávana torna-se, gradualmente, uma referência para um modelo de desenvolvimento auto-sustentável (capaz de gerar auto-suficiência alimentar e energética) assim como a melhor atmosfera para vida espiritual sadia. Por tudo isso, vejo uma perspectiva futura brilhante para este projeto e oro a Krishna para que Ele me permita humildemente dar minha contribuição neste belo serviço à missão de Srila Prabhupada. Hare Krishna.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

A Visão Lúcida de Srila Prabhupada


A Visão Lúcida de Srila Prabhupada


Por "Celeste"


HARE KRISHNA!

A IMPORTÂNCIA VITAL DO SETOR PRIMÁRIO OS SETORES BÁSICOS DA ECONOMIA


Quem entrou em contato com alguma disciplina relacionada com Economia, recebeu noções sobre os setores econômicos básicos:- Setor Primário – agricultura – economia agrária. Incluindo plantação e pecuária – cultivo de grãos, legumes, verduras, frutas e criação de gado para fornecimento de leite e derivados e apoio de tração e transporte de carga.- Setor Secundário = indústria- Setor Terciário – comércio e serviçosOs termos primário, secundário e terciário podem ser compreendidos em sua real ordem de importância. Atividades que ocupam o primeiro, o segundo e o terceiro lugares para a devida vitalidade, sobrevivência adequada e conseqüente desenvolvimento sustentável da economia, ou da sociedade.A INVERSÃO DE VALORES NA ERA ATUALNas Idades Moderna e Contemporânea – em plena Era de Kali –tem se observado a evasão crescente da população ativa do setor agrário, que se transfere ao setor secundário e, mais recentemente, inflando o setor terciário.O setor primário sofre uma transfiguração, deixando de ser um setor de muitos pequenos produtores de culturas diferenciadas para se tornar um setor de poucos grandes produtores de monocultura, utilizando artefatos industriais para colheita e tração e transporte, e produtos químicos e sintéticos, que prejudicam o solo, como também aos trabalhadores, assim como aos consumidores.Nas Universidades são difundidas teorias de que um país agrário é condenado à pobreza e ao subdesenvolvimento e que só os países que se industrializam é que se desenvolvem e logram entrar para a categoria de países ricos.Até o sentido original do termo é distorcido, e primário passa a ser entendido como algo atrasado, ultrapassado, inadequado, contrário ao progresso.Os acadêmicos em geral, as pessoas ligadas ao academicismo acreditam nisso e defendem a industrializaçã o e o progresso tecnológico a todo e qualquer custo e desprezam tudo que é relacionado com o setor primário da economia.OS RESULTADOS CATASTRÓFICOS DA SITUAÇÃO INVERTIDAAgricultura orgânica Agro-indústria – química= equilíbrio do solo = erosão do soloOligoelementos ativos desequilíbrio mineralVida microbiana – húmus desaparecimento do húmus= resistência da planta = sensibilidade da planta diante dos Diante dos parasitas parasitas – uso de pesticidas= produto equilibrado = produto desequilibrado, incapazVitaminas e minerais de manter a saúde (resíduos de Pesticidas, nitratos= respeito do equilíbrio = poluição – deterioração do meioEcológico natural ecológicoEste é um quadro simplificado ao máximo, mas que evidencia a relação estreita entre agricultura e saúde e as conseqüências desastrosas pela não sustentabilidade do sistema. Gera-se o caos.O método de cultura determina a qualidade do solo. O solo determina o equilíbrio da planta. A planta determina a qualidade do sangue do animal e do homem que dela se alimenta. Todo o planeta é afetado.A Saúde se deteriora. Os alimentos normalmente apresentados ao consumidor pela indústria são muitas vezes desnaturados.Desviada para os setores secundário e terciário, a população, seja ela de hábitos carnívoros ou vegetarianos, são cada vez mais dependentes de produtos industrializados, refinados, branqueados, desvitalizados e desnaturalizados, repletos de aditivos, corantes, emulsificantes etc“Nenhuma atividade humana, nem mesmo a medicina, tem tanta importância para a saúde como a agricultura”. Prof. Pierre Delbet da Academia de Medicina de França.O SETOR VITAL PARA A SOCIEDADE EM QUALQUER ÉPOCAÀ medida que o fosso que separa a população de suas origens rurais se acentua um pressuposto permanece inalterável: dependemos da terra para nossa sobrevivência.É. Sem sombra de dúvidas, a agricultura que sustenta a atividade e todas as conquistas da civilização, em qualquer época. O setor primário é o setor vital e o desvio dos métodos naturais tem repercussões globais: no ambiente, nas plantas, nos animais e no homem.A VISÃO TRANSLÚCIDA DE SRILA PRABHUPADAA sabedoria védica é apauruseya – tem origem transcendental e não é influenciada pelas imperfeições resultantes da contaminação material. E o devoto puro, mantendo-se fidedigno à instrução dos acaryas e dos sastras, fiel representante do parampara, vê com clareza e lucidez como o sol que dissipa a névoa densa e nos mostra o caminho: comunidades rurais – sistemas auto-sustentá veis – vida simples – pensamento elevado – agricultura natural – proteção às vacas.No Brasil, já despontam realizações de porte como Goura Vrindavana, Organização dos Pândavas e Nova Vraja Dhama.Esta é a direção.Não há outro caminho. Não há outro caminho. Não há outro caminho.


posted by Prahladesh Dasa Adhikari at 6:37 PM

sábado, 6 de janeiro de 2007

Paraíso dos Pandavas - Daiva-Varnashrama


Pé na estrada e olho em inserção social.


Paraíso dos Pandavas - Daiva-Varnashrama

Enviado em: 22/08

Por: Dhanvantari Swami


Sadhu Sanga é uma iniciativa recomendada na literatura védica para o praticante de auto-realização espiritual melhorar seu desempenho. É tão importante que está dito no Caitanya Caritamrta que um simples momento de convivência entre devotos pode proporcionar todas as classes de poderes místicos. Através de outros métodos, esses poderes são raramente alcançados. Há devotos que se congregam em centros urbanos de metrópoles e progridem em seus caminhos espirituais. Há outros, entretanto, que envolvidos no corre-corre do dia a dia sentem-se desprivilegiados da favorável companhia dos devotos. Estes precisam criar estratégias para compensar as dificuldades que naturalmente surgem por estarem inseridos no sistema social, político e econômico da sociedade laica. Para todos que buscam as vantagens da associação com devotos existem variados recursos da ISKCON baseados no espírito missionário de Prabhupada. Essas iniciativas favorecem o bem estar e proporcionam reflexões a respeito da importância de se investir conscientemente no próprio avanço espiritual. O Paraíso dos Pandavas é um desses lugares especiais para Sadhu Sanga. Fica a cerca de 150 km de Brasília, bem ao pé do “morro da baleia" numa belíssima região entre pequenos morros, cachoeiras e as místicas flores do cerrado que embelezam e perfumam o planalto central do país. O Paraíso dos Pandavas é uma comunidade rural do Movimento Hare Krishna que começa a se formar no Alto Paraíso em Goiás. Tive o prazer de visitar este belo lugar e fazer a inauguração de seu Santuário. Este foi o nome que eles deram para o espaço reservado à adoração, aulas e vivências. É uma construção bonita na forma de um polígono de 12 lados em madeira e vidro. O telhado é feito de tetraplac, um material reciclado que é originalmente usado nas caixas de leite longa vida, é pintado de branco em seu lado interno e recoberto por cima com palha da região. Há uma característica peculiar e moderna: em se tratando de uma comunidade da ISKCON, ser constituída como uma ONG e ter as terras em nome de Giridhari Das, seu proprietário e idealizador do projeto. A comunidade tem especificidades como o respeito ao meio ambiente e seu manejo de maneira ecologicamente correta, turismo espiritual, e consistentes vivências de bhakti yoga. Suas instalações são equipadas com simplicidade, conforto e beleza, e os devotos de lá levam a etiqueta ocidental a sério. Outra coisa interessante é que eles já estão desenvolvendo uma pequena horta orgânica e prometem fazer agricultura alternativa e prasada Vegan, sem laticínios. Meus dias no Paraíso dos Pandavas foram muito intensos. Cheguei depois de todos os convidados. Fui desembarcando e começando o curso do Sri Isopanisad que me propus a oferecer-lhes como base para aquela experiência de Sadhu Sanga. A turma era muito boa e as aulas foram bastante interativas. Saí de lá recarregado em energia espiritual e feliz pela associação com os devotos.

Sakti Avesa Avatar


A existência material é plena de inconvenientes.Através de uma energia superior somos forçados a aceitar coisas que não queremos, e não conseguimos perceber que estes inconvenientes devem-se aos três modos da natureza material...os acontecimentos indesejáveis da vida não podem ser eliminados por nenhum número de planos.Estas misérias só podem ser removidas pela misericórdia do Senhor, O qual envia Seus representantes para iluminar o ser humano e salvá-lo de todas as calamidades."(Srila Prabhupada-SB1.14.11)"As vezes o Senhor encarna Ele mesmo ou dá poderes a uma entidade viva apropriada para actuar no Seu lugar,mas em ambos os casos o propósito é o mesmo...o Senhor,portanto,vem para propagar a mensagem do reino de Deus,tanto como uma encarnação pessoal ou através do Seu representante fidedigno como Filho de Deus.Tais encarnações ou Filhos de Deus não fazem propaganda para voltar a Deus somente dentro da sociedade humana.Eles actuam em todos os tipos de sociedades..."(Srila Prabhupada-SB1.2.34)
Oferecer e receber prendas é uma ótima maneira de demonstrarmos o nosso amor aos Vaisnavas e de cultivarmos nossos relacionamentos amorosos com os devotos.Srila Prabhupada salienta:"Estas actividades são realizadas sempre que há um relacionamento de priti,ou amor nos tratos íntimos."(Sri Upadesamrta)Mas para além de oferecermos e recebermos prendas também podemos oferecer e receber o Santo Nome.Esta é uma excelente maneira de cultivarmos o nosso relacionamento amoroso com Sri Krsna e com os Vaisnavas.Srila Prabhupada explica:"O acto de distribuir os Santos Nomes do Senhor é um exemplo sublime de caridade(o princípio dadati). Por isso,deve-se também seguir o princípio pratigrhnati, e deve-se estar disposto e pronto a receber o presente transcendental."(Sri Upadesamrta)

Hare Krsna Hare Krsna

Krsna Krsna Hare Hare

Hare Rama Hare Rama

Rama Rama Hare Hare


posted by Prahladesh Dasa Adhikari at 12:31 PM no http://www.bhakti-tattva.blogspot.com/

O Gayatri e o Srimad-Bhagavatam

O Gayatri e o Srimad-Bhagavatam

Os vedas declaram que originalmente o pranava omkara ou om expandiu-se no gayatri mantra . Então, o gayatri mantra expandiu-se nos chatuh-sloki do Srimad Bhagavatam, e estes quatro versos se expandiram na forma do Srimad-Bhagavatam completo.

O relacionamento entre o gayatri mantra e o Srimad-Bhagavatam é descrito em vários Puranas. Estudiosos védicos tradicionais asseveram que o gayatri destina-se a adorar o deus do sol ou o brahman impessoal. O grande comentarista Srila Sridhara Swami também discute o relacionamento entre o Bhagavata e o gayatri em seus comentários sobre o verso 1.1.1: “ Ao abrir o Bhagavata com a palavra dhimahi do gayatri, mostra-se que este Purana é da natureza de brahmavidya, conhecido como gayatri”.

Srila Jiva Goswami, entretanto, estabelece que tanto o gayatri, que é a essência dos Vedas, como o Srimad-Bhagavatam, destinam-se a adorar Sri Krsna, a Suprema Personalidade de Deus. Nos Sandarbhas, Srila Jiva Goswami explica como o Srimad Bhagavatam é uma explicação do gayatri mantra, começando por seu primeiro verso até seus versos finais como 12.13.19 que ambos terminam como a frase satyam param dhimahi.

Para qualificar-se como um gayatri mantra, o mantra tem que sempre ter nele a palavra “dhimahi”. Srila Vyasadeva não podia mencionar diretamente o gayatri no Bhagavatam porque o gayatri é um mantra védico, para ser cantado só por dvijas (brahmanas duas vezes nascidos). Os Puranas, tais como o Srimad Bhagavatam, antretanto, podem ser estudos por qualquer pessoa independente de sua posição social. Portanto, Vyasadeva colocou o gayatri em suas próprias palavras no Srimad Bhagavatam, como vemos no primeiro verso dês inigualável Purana:

om namo bhagavate vasudevaya
janmady asya yato ´nvayad itaratas chartheshv abhijñah svarat
tene brahma hrda ya adi-kavaye muhyanti yat surayah
tejo-vari-mrdam yatha vinimayo yatra tri-sargo ´mrsha
dhamna svena sada nirasta-kuhakam satyam param dhimahi

“O meu Senhor, Sri Krsna, filho de Vasudeva, ó onipenetrante Personalidade de Deus, ofereço minhas respeitosas reverências a Ti. Eu medito no Senhor Sri Krsna porque Ele é a Verdade Absoluta e a causa primária de todas as causas da criação, manutenção e destruição dos universos manifestados. Ele é direta e indiretamente consciente de todas manifestações, e Ele é independente porque não há outra causa além Dele. É somente Ele quem primeiro transmitiu o conhecimento védico ao coração de Brahmaji, o ser vivo original. Por Ele até mesmo os grandes sábios e semideuses são colocados em ilusão, assim como se é confundido pelas representações ilusórias de água vistas no fogo, ou terra vista na água.. Somente por causa Dele é que os universos materiais, temporariamente manifestados pelas reações dos três modos da natureza, parecem factuais, embora sejam irreais. Por isso em medito Nele, Senhor Sri Krsna, que é eternamente existente na morada transcendental, que é para sempre livre das representações ilusórias do mundo material. Eu medito Nele, pois Ele é a Verdade Absoluta.

Neste primeiro verso do Srimad Bhagavatam, Srila Vyasadeva nos dá a chance de gradualmente nos desenvolvermos em realização espiritual para, posteriormente, saborearmos a essência dos passatempos do Senhor. Assim Vyasadeva intencionalmente invoca o gayatri mantra: dhimahi. Este gayatri mantra destina-se especialemtne às pessoas espiritualmente avançadasa. Quando se obtém sucesso em cantar o gayatri mantra, se irá compreender a posição transcendental do Senhor. Primeiro, no entanto, se deve adquirir as qualidades brahminicas e tornar-se perfeitamente situado no modo da bondade a fim de cantar o mantra com sucesso. A partir desse ponto pode-se começar a realizar o transcendental nome, fama, forma e qualidades do Senhor.

Extraído de Kirtan- A posição mais segura dentro do universo
Chandramukha Swami

De volta ao lar, de volta ao Supremo?

De Ananda Mayi para Suvasa Dasa

Haribol, prabhu Suvasa das

Só pra conciliar alguns sidhantas:
Sri Krishna diz no Bhagavad-Gita evam parampara praptam imam rajarsayor viduh. Este conhecimento transcendental vem sido trazido através de uma corrente de sucessão discipular genuína que, realizando o significado essencial dos sastras, apresenta o conhecimento dos Vedas assim como ele foi apresentado pelo próprio svayam bhagavan Sri Krishna. No Srimad Bhagavad-Gita Sri Govinda diz: tad dhama paramam mama, quem vem à Minha morada dela nunca retorna. E no Caitanya Caritamrita: krshna bhuli sei jiva anadi bahirmukha, ataeva maya tare deya samsara dukha ata eva maya tare deya samsara dukha, a entidade viva está neste mundo material desde tempos imemoriais (anadi significa sem início).

Mas alguém poderia perguntar: Como reconciliar estas declarações das escrituras com a expressão que Srila Prabhupada utilizava: volta ao lar, volta ao supremo? Na verdade, este é um sloka das escrituras, e Srila Bhktivinoda Thakura em seu Jaiva Dharma explica utilizando o famoso verso do Caitanya Caritamrita: jivera svarupa hoya, krsnera nitya dasa, krsnera tatastha shakti, bhedabheda prakasa, a natureza da alma é transcendental, de servo eterno de krsna, e ela é originada da tatastha sakti, sua potência marginal.
Thakura Bhaktivinoda descreve a região tatastha. Ele conta como ela é a margem (tata) entre o mundo espiritual e o mundo material, e a experiência dessa região é como a experiência do Brahman impessoal. Lá, a jiva experimenta sad-cid-ananda, na forma de existência transcendental transpessoal, do conhecimento do absoluto impessoal, e de brahmananda. Lá, apesar de não estar em Vaikuntha-dhama, ainda assim a jiva não está tocada por maya, e situa-se em condição trascendental. Ele a perde, no entanto, no momento que escolhe desfrutar de maya-jagad, da existência material, sendo iludido pelo darshana de maya-shakti.

Portanto, Srila Prabhupada cita este verso, de retornar ao Absoluto Trascendental, apesar de nessa instância ele referir-se à perfeição máxima, ao Vraja-prema das gopis. O fundador-acarya da nossa sampradaya, Brahmaji, no seu Brahma-samhita, diz: premanjana churita bhakti-vilocanena. Apenas através de prema-vastha, dos olhos de prema-bhakti, é possível obter o darshana de Sri Govindaji. Prema é alcançado após completa purificação da consciência, e é um estado de vishuddha-sattva, ou seja, nenhum traço de contaminação é encontrado no coração, na mente, nos sentidos e no corpo desse bhakta. O seu corpo é sac-cid-ananda. Ele possui sede insaciável de amar a krishna, e está sempre residindo em Sri Goloka Vrindavana dham, mesmo que ao mesmo tempo se manifeste neste mundo para realização de acarya-lila, de passatempos para salvar as almas caídas, como Srila Bhativedanta Swami Prabhupada, Srila Bhakti Prajnana Kesava Gosvami Maharaja, Srila Bhktisiddhanta Sarasvati Prabhupada e todo o nosso Guru-parampara. Em seus corações prema-surya brilha eternamente, irradiando tudo ao redor com bhava-prakash, ou a luz de bhavamayi bhakti. Receber a sua misericórdia na forma de desejo de servir a Sri Sri Radha-Govinda é o supremo benefício de todas as entidades vivas, e por isso Sri Caitanya Mahaprabhu, que é o próprio Krsna no humor de Srimati Radhika, descende à terra, e mantém sempre um de Seus representantes genuínos aqui, de forma a garantir a possibilidade de iluminação das jivas.
Eu oro aos pés de lótus do meu mestre espiritual e de todos os vaishnavas que eu possa me tornar um grão de poeira sob seus pés de lótus, sempre engajado em serviço sincero ao desejo de Sriman Mahaprabhu. Por favor, me perdoe por qualquer palavra que pudesse lhe incomodar, se isso ocorreu foi sem intenção.

O homem que falou com Krsna


O homem que falou com Krsna

Veio o homem....
Oh! Será você quem procuro?

O homem foi confundido.
-Será ele um servo de Siva?

Oh! Não, não é.
Suas vestes, seus cabelos e sua barba.
-Será ele um estrangeiro?

O homem então falou:
Busco pela verdade.
Ah! A verdade. Quem tem a verdade?
- O Rei de Ayodhya, ora.

O homem quis saber.
-Quem é o Rei de Ayodhya?
- Krsna, ora. O Ameytma.
Então, busco por Krsna.

Krsna! Krsna não está aqui.
Ele partiu. Pra onde não sabemos.
Krsna foi-se para Mathura, Dvaraka ou Vrndavana.

O homem então partiu, e todos o contemplavam.

Aquele que respondia o que o homem perguntava,
Surgiu dentre às pessoas, tranqüilo e imponente.

O homem procurou, achou e entendeu a verdade.

O homem se foi para além da Pérsia.
E o homem falou da verdade e do amor.

Suvasa Dasa

O pecaminoso Ajâmila

O pecaminoso Ajâmila
09/12/2005 20:36
Ajâmila era o filho único de pais brahmanas. De acordo com as regras de casta, ele aceitou como esposa uma moça igualmente de família brahmana, mediante um casamento “arranjado”. Todavia, ele estava enamorado de uma mulher shûdra (escrava) desde os tempos de brahmacari (estudante). Tão logo assumiu a condição de grihasta (chefe de família casado), ele tratou de levá-la para trabalhar como serviçal em sua casa.Sem demora, Ajâmila abandona sua primeira esposa e assume de vez a mulher shudra, tendo com ela vários filhos. Vivendo de maneira altamente irregular para os padrões da sociedade védica, Ajâmila gradualmente abandona todas os deveres religiosos pertinentes à casta brahmínica. Ele raramente visita seus pais já idosos e doentes, e não se preocupa em zelar por eles. Seus pais morrem e deixam-lhe uma modesta, mas razoável herança.
Para satisfazer sua esposa e um mundaréu de filhos, ele exorbitava nos gastos e sem perceber dilapidava toda a herança recebida de seu pai. Ajâmila já não podia manter sua esposa e filhos exercendo o ofício de brahmana, pois quem contrataria um brahmana “caído” como ele para realizar cerimônias, sacrifícios, dar aulas, etc. Nem mesmo esmolando ele conseguiria donativos. Por conseguinte, ele sobrevivia mediante tudo que era espécie de ocupação condenável, até mesmo por furtos, roubos e jogos, mas sempre dava um jeito de ganhar dinheiro. Deste modo, passaram-se oitenta e oito anos de sua vida. Seu filho caçula era um menino chamado NârâyaNa. Ele era muito afeiçoado a este filho e dispensava-o todo cuidado paternal: “Nârâyana vem comer”, “Nârâyana, vem beber leite”, “Nârâyana vem cá com o papai”. Chegado o momento de sua morte, Ajâmila só pensava em seu filho Nârâyana, quando três criaturas monstruosas munidas de cordas vieram para levá-lo à morada de Yama (morte). Ao vê-las, o velho Ajâmila ficou apavorado e, com lágrimas nos olhos, chamou seu filho em voz alta “NârâyaNa! NârâyaNa!”Neste mesmo instante, apareceram os belíssimos mensageiros de Vishnu – os VISHNUDÛTAS - e com vozes peremptórias impedem que os servos de Yama levem a alma de Ajâmila. Há então uma discussão longa entre os mensageiros de Vishnu e os de Yama, toda ela ocorrendo à vista do aterrorizado Ajâmila. Os Yamadutas (da Morte) declaram que Ajâmila não se submeteu em vida a nenhum processo de purificação e por isso mesmo deveria ser levado para o inferno para ser purificado. Mas os Vishnudutas retrucaram: “Ajâmila já submeteu a todas as espécies de expiações, não apenas desta vida, mas de pecados cometidos de milhões de vidas, pois, em condição desamparada, ele cantou o santo nome de NârâyaNa (Vishnu). Além do mais, ele vivia repetindo o nome do Supremo Senhor Nârâyana, muito embora o fizesse para chamar seu filho. Portanto, ó servos de Yama, não queirais que ele receba a punição de ser lançado em condições infernais!” Os mensageiros de Vishnu soltaram do cativeiro dos Yamadutas o brahmane Ajâmila e salvaram-no da morte iminente. Ao ver-se livre do cativeiro, Ajâmila imediatamente prestou reverências aos Vishnudutas, prostrando-se, e quando ia dizer algo, os Vishnudutas desapareceram.Ajâmila lamentou muitíssimo todos os erros cometidos em sua vida: Compreendendo a posição suprema do Senhor Vishnu, Ajâmila tornou-se um devoto fervoroso do Senhor. Ele partiu para Hardwar e ali se refugiou num templo de Vishnu, absorvendo-se por completo em meditar na forma do Senhor e em Seus passatempos. Quando estava para morrer, Ajâmila voltou a ver diante dele os Vishnudutas e pôde entender que eram os mesmos que vira antes, e assim ofereceu-lhes suas reverências. Em seguida, Ajâmila abandonou seu corpo material em Hardwar às margens do Ganges. Acompanhado dos mensageiros do Senhor Vishnu, Ajâmila a bordo de um aeroplano celestial foi diretamente para a morada eterna de Vishnu.

Publicado por RamaDas Prabhu

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Sadhana: A Importância Da Prática Espiritual Diária

Sadhana
A Importância Da Prática Espiritual Diária
Por Braja Dasi

Muitos elementos se combinam para compor nossa vida espiritual, contudo a coluna vertebral de tudo é nosso sadhana, ou práticas espirituais diárias.
“O único método ou meio (sadhana) nesta era é o santo nome do Senhor. A única meta (sadhya) a ser atingida nesta era é Krishna-prema (amor de Krishna)” (Hari-nama Cintamani).
Entender a importância do sadhana e seus efeitos torna sua execução prazerosa. Afinal de contas, é nossa ligação com Krishna a fonte suprema de todo o prazer. Krishna faz menção específica da qualidade da firmeza no Bhagavad-gita (13.8-12), e Srila Prabhupada, no seu significado a estes versos, diz: “Firmeza significa que se deveria ser muito determinado em fazer progresso na vida espiritual. Sem tal determinação, a pessoa não pode fazer progresso tangível.”
A energia material é uma força sutil poderosa cuja habilidade para solapar nossa força espiritual não conhece nenhum limite. Manter uma firmeza em sadhana constrói a base de nossa força espiritual e protege nossa devoção. "A pessoa não deveria se tornar um meditador oficial. A vida deve ser moldada de forma que sempre se tenha oportunidade para pensar em Krishna. Deve-se sempre agir de tal modo que todas as atividades diárias estejam em relação com Krishna” (Bhagavad-gita, 18.65, Significado). O desempenho de tais ações eleva a pessoa à consciência de Krishna.
Modo Da Bondade - Crucial Para A Manutenção
Srila Prabhupada escreve na introdução ao Bhagavad-gita: “A alma condicionada está sofrendo as ações e reações das suas atividades passadas, contudo estas atividades podem ser mudadas quando o ser vivo estiver no modo da bondade, e entender quais atividades ele deve adotar.”
No modo da bondade, a pessoa ganha iluminação e conhecimento das coisas como elas realmente são, sem a contaminação da ignorância e paixão. A bondade é representada pela manutenção, um fator de sadhana, e a manutenção daquele sadhana fortalece a posição da pessoa. Da bondade, a bondade pura (shuddha-sattva) é atingida.
"Ó Filho de Pritha aquela determinação que é inquebrantável e mantida com firmeza através da prática de yoga e assim controla as atividades da mente, vida e sentidos é determinação no modo da bondade” (Bg., 18.33).
Meditação em Krishna
“Aquele que medita em Mim como a Suprema Personalidade de Deus, a sua mente constantemente ocupada em lembrança de Mim, sem desvio do seu caminho, ele, O Partha, com certeza me alcançará.”
Neste verso, o Senhor Krishna acentua a importância de se lembrar d’Ele. A lembrança de Krishna é despertada com o canto do maha-mantra: Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare / Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare.
Somos facilmente encobertos pela energia ilusória, conhecida como maya. Naquele estado, esquecemos que nosso real interesse está em Krishna, e sofremos no mundo material. Nosso egoísmo nos leva a buscar abrigo em soluções temporárias que só levam a miséria adicional. A força da energia material é tal que a proteção vigilante de nossa devoção deve ser mantida por sadhana que inclui recordação diária de Krishna, canto diário do maha-mantra e adoração diária do guru.
A importância do sadhana talvez possa ser melhor resumida nas próprias palavras de Krishna: "A pessoa deve se tornar firme como uma vela em um lugar sem vento” (Bg., 6.19).

Om e Hare Krishna

Om e Hare Krishna
Por Krishna Kripa Dasa

Como seres espirituais, somos diferentes de nosso corpo material. Cantar sons transcendentais como om ajuda a nos liberar do condicionamento material e nos ajuda a realizar nosso eu. Om é uma representação sonora espiritual do Senhor Supremo. Muitos grupos que têm alguma ligação com a Índia vibram o om como parte do seu serviço. O Senhor Krishna menciona no Bhagavad-gita (7.8) que Ele é a sílaba om nos mantras védicos, e Ele conta como as pessoas aperfeiçoadas em yoga vibram a sílaba om e se lembram do Senhor Supremo na hora da morte, e assim entram no reino de Deus (verso 8.13).
Tanto om como o santo nome de Deus podem liberar a pessoa da existência material. Embora às vezes om seja considerado uma representação impessoal de Deus, os seis Goswamis, seguidores diretos do Senhor Caitanya, dizem que ela indica o Senhor Supremo no seu aspecto pessoal, juntamente com Suas energias, que também são pessoas: “Om é composto das três letras ‘a’ ‘u’ e ‘m’, em que ‘a’ refere-se ao Senhor Krishna, ‘u’ refere-se a Radha, a energia espiritual de Krishna, e ‘m’ refere-se aos seres vivos como nós mesmos, que são todos, em seus estados puros, servos amorosos de Radha e Krishna.”
Embora om seja um som espiritual transcendental, os devotos no movimento Hare Krishna não enfatizam o canto do om porque nós somos os seguidores do Senhor Caitanya, que enfatizou o canto dos nomes de Krishna. Especificamente, Ele acentuou o canto do maha-mantra: Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare / Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Este mantra aparece em alguns poucos lugares na literatura védica e seus suplementos e é o mantra indicado para a iluminação espiritual nesta era de Kali (desavenças). Qualquer benefício obtido com o canto de om também pode ser obtido cantando-se Hare Krishna, e, ademais, a pessoa pode desenvolver a perfeição mais elevada de amor ao Supremo, cuja consecução faz a liberação da escravidão material parecer muito insignificante. Assim, embora o canto de om promova realização espiritual, o cantar do maha-mantra Hare Krishna é melhor.

O Que São os Vedas?

O Que São os Vedas?

Por Dhanvantari Swami

No dia 6 de outubro de l969 no Conway Hall de Londres, na Inglaterra, Prabhupada fez uma conferência sobre os ensinamentos dos Vedas. A audiência era constituída por damas e cavalheiros da sociedade londrina e também por cultos Indianos radicados naquela cidade. O assunto virou introdução a seu livro Sri Isopanisad e, como não poderia deixar de ser, apresenta pontos ilustrativos e super interessantes nos quais podemos nos aprofundar muito.
Prabhupada conduziu sua apresentação de forma que sua heterogênea audiência pudesse facilmente entender qual o objetivo dos Vedas e como eles podem ser compreendidos nesta era contemporânea.
Mas, o que são os Vedas, qual é seu objetivo, e como definitivamente pode-se compreendê-los?
A palavra Veda significa conhecimento, e Vedas são as escrituras compiladas pelo grande sábio Vyasadeva. Originalmente o conhecimento era transmitido por via oral, porém, com o advento da era de Kali, quando o homem perde poder de concentração, inteligência e memória, se fez necessário codificar os Vedas em forma escrita. Os quatro Vedas são Rg, Yajur, Sama e Atharva, mas também se considera como literatura Védica toda aquela que esteja de acordo com o sidhanta Védico, o qual poderia ser resumido na descrição sobre conhecimento encontrada no Bhagavad Gita, (13.8-12): "aceitar a importância da auto-realização e buscar a Verdade Absoluta." O objetivo dos Vedas, portanto, é proporcionar respostas plausíveis para o candidato em busca filosófica acerca da Verdade Absoluta.
Em sua palestra, Srila Prabhupada, menciona que o homem, como toda alma condicionada, está sujeito a quatro tipos de limitações. 1- Pramada: tem a tendência a cometer erros. Isto ocorre até mesmo por simples falta de atenção. 2- Bhrama: tendência a se iludir especialmente sobre sua própria identidade. A alma condicionada pensa ilusoriamente que é o corpo material no qual está habitando. 3- Vipralipsa: tendência a enganar outros. Devido a nossa vasta experiência, esta limitação do homem dispensa aqui maiores comentários; E, 4- Karanapatava: tem sentidos imperfeitos. Nossos olhos, por exemplo, são tão incapazes de ver o que se encontra por trás de uma parede como de nos revelar Deus.
De acordo com a epistemologia Védica há dez processos para se adquirir conhecimento. Diferentes escolas filosóficas da Índia adotam diferentes combinações desses processos como métodos realmente válidos. A seguir mencionaremos os dez pramanas ressaltando os três últimos, os quais, foram classificados por Prabhupada em sua palestra como os três tipos de evidências.
Arsa - Declaração de um semideus ou um sábio reconhecido. Kapila, Gautama e Patanjali são alguns dos sábios que apresentam a filosofia védica. Para os vaishnavas este tipo de evidência carece de confirmação nas escrituras.
Upamana - Comparação. Compara-se os objetos conhecidos com outros desconhecidos.
Arthapatti - Pressuposição. Faz-se uma suposição para explicar um fato conhecido, que, de outro modo, seria inexplicável.
Abhava - Ausência. Através do funcionamento de pelo menos um dos cinco sentidos percebe-se a ausência de algum objeto conhecido. Abhava pramana é às vezes considerada uma categoria de evidência à parte por não consistir do contato definitivo do instrumento do sentido com seu objeto, como existiria numa percepção sensorial comum.
Sambhava - Inclusão. Conclui-se que uma grande quantidade contém uma quantidade igual ou menor do mesmo objeto.
Aitihya - Tradição. Aceita-se como um fato alguma informação adquirida por tradição cultural, ainda que de fonte desconhecida.
Chesta - Gestos. O conhecimento é transmitido através de gestos. Ex : O "V" da vitória.
Pratyaksa - Percepção direta. Toma-se conhecimento através do contato dos sentidos com seus objetos. Pode ser de dois tipos, externa, quando percebida por um ou mais dos cinco sentidos para adquirir conhecimento; E interna, quando se percebe emoções como dor, amor, ódio, através do sentido interno, a mente. Devido aos quatro tipos de limitações dos seres condicionados, e por nos limitar a perceber apenas o presente e nunca o passado ou futuro, pratyaksa nem sempre é considerada como um meio de se obter conhecimento válido. No que se refere à experiência pura de pratyaksa de Vaishnavas puros, ela é considerada sem defeitos e é chamada de “Pratyaksa Mística” ou Vaidusya Pratyaksa.
Anumana - Dedução. A palavra anumana significa literalmente "conhecer depois". Trata-se de uma sugestão, portanto, não é considerada como perfeita. Pode ser de dois tipos, Dedução Pessoal, quando se chega a uma conclusão depois de se perceber o mesmo fenômeno ocorrer repetidamente sem variações; E, Dedução Induzida Para Outros, que é conseqüência da dedução pessoal e segue uma fórmula silogística composta por cinco etapas, a)Proposição. Que se baseia em percepção direta. Ex: Há fogo na montanha; b) Razão. Aquilo que leva o sujeito a pensar no assunto. Ex: Porque percebe-se fumaça na direção da montanha; c) Princípio Geral. O conhecimento experienciado antes; Ex: Na cozinha sempre que há fumaça é porque há fogo; d) Aplicação. Utilizando-se de experiência anterior, observa-se um fenômeno atual. Ex: Há fumaça na montanha; E, e) Conclusão ou Dedução Induzida Para Outros. Deduz-se que o fenômeno atual é semelhante ao fenômeno previamente conhecido, portanto, pode-se convencer outros. Ex: Há fogo na montanha. Para exemplificar como anumana deixa de ser uma evidência perfeita, imaginemos se, ao olhar para a montanha, o pensador do exemplo acima tivesse pensado ser fumaça o que de fato era neblina. Ele teria errado duas vezes, a primeira por, através da percepção direta, pratyaksa, confundir neblina com fumaça e a Segunda por deduzir que havia fogo na montanha.
Shabda - Revelação. Literalmente a palavra shabda significa "som". Trata-se do som original através do qual o conhecimento transcendental foi transmitido do mundo espiritual para o primeiro ser criado. Apauruseya-sabda-pramana significa evidência revelada através de instruções vindas diretamente do mundo espiritual. Essas instruções foram colocadas de forma escrita na literatura Védica. Sabda pramana é considerada a evidência livre de defeitos. Diferentemente de pratyaksa, sabda pramana, além do presente, também pode nos revelar o passado e o futuro. Srila Jiva Goswami diz que sabda pramana tem significado restrito ao conhecimento revelado nos Vedas ou ao conhecimento que é revelado por fonte sobre-humana, pela Suprema Personalidade de Deus, e que é transmitido por sucessão discipular através de gurus genuínos.
Depois de discorrer sobre a importância de se obter conhecimento genuíno através da fonte certa e de citar o Bhagavad Gita (15.15), tanto para revelar o objetivo dos Vedas, como para vincular a pessoa de Krishna ao conceito védico de Suprema Personalidade de Deus, Prabhupada ainda fala sobre a importância do mestre espiritual no caminho do conhecimento transcendental, em seguida ele glorifica o Srimad Bhagavatam como a escritura védica produzida por Vyasadeva em sua maturidade para explicar o Vedanta-Sutra que é o resumo total do conhecimento védico e conclui pedindo humildemente a sua exigente audiência que tente compreender a explicação do conhecimento védico recorrendo ao Bhagavad Gita e ao Srimad Bhagavatam.