Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

O mito do demônio (Parte 02)

O mito do demônio (Parte 02)

( Gourasundar Dasa BhS )

Filosoficamente, alguns teóricos adeptos do mito do Demônio, aceitam que oDemônio também teria a sua origem em Deus, tal como tudo o mais, haja vista asuperioridade e qualidades e características inerentes à noção de Deus, talcomo brevemente afirmamos acima, na primeira parte desse texto. Então algumasperguntas nos vem imediatamente a agredir nosso bom-senso: Como Deus poderiaperder o controle da algo ou de alguém ? Ou então, como e porque criaria porSua própria vontade um ser inimigo dEle mesmo ? O que levaria a esse ser tertanto ódio de Deus, seu, supostamente criador ? Como poderia Deus ter um eterno“concorrente” ? E pior, como esse “concorrente”, ou personificação do mal,poderia ter tanto poder sobre os humanos que muitas vezes, especialmente nodecorrer da história humana, encobriria ou superaria o poder de Deus em muitosmomentos ? Nesse conceito, muitos poderiam talvez dizer que Deus não existeentão, pois a característica principal que faz de Deus, um Deus único, enfim, Deus, é a onipotência. Como alguém poderia responder isso sem usar de pressão ideológica, de dogmasescriturais ultrapassados ou de especulações da mente imperfeita do homem ?Está dito que o homem é imperfeito, ao menos no que se refere á suas atividadesmundanas, materiais, onde é terrivelmente influenciado pelos modos da naturezamaterial, bondade, paixão e ignorância, e veja que isso nada tem haver com ainfluência de satanás ou o “chifrudo”. Aliás, já foi desvendado onde teriasurgido o estereótipo do Demônio. Uma junção de animal e homem, com bafo,chifres de bode, tido por muitos como um animal “demoníaco”, etc. Sem dúvidachega a ser ridículo a imagem criada desse Capeta, feita exclusivamente paraassustar inocentes e porque não dizer, crianças. No decorrer dos anos, algunsescritores e autores de filmes tiveram a “excelente” idéia de transformar afigura do Satanás em uma pessoa sedutora e bela, mais uma “bela” jogada demarketing. O famoso número 666 foi criado por escritores do século passado em seus livros de suspense e terror, com a intenção de criarmistério e vender seus livros, o que torna mais ridículo ainda o uso dessesnúmeros como o número da Besta. Poderíamos citar aqui muitos exemplos, com suasrespectivas referencias, mas me resguardo ao direito de apenas cita-lasbrevemente e incentivar à pesquisa pessoal de todos que lerem esse artigo edesejem descobrir a verdade por trás de um mito. Percebe-se sem muita análise que essa noção de Diabo é completamente ilógicaperante a noção de Deus, em qualquer linha espiritual verdadeira e pautada,como dissemos acima, em bases sólidas e revelações originais. Outro ponto interessante é que se o diabo existisse e tivesse tanto poderassim, estaria inevitavelmente acima do conceito de ser humano, mas de onde vemtodo seu poder ? Quem os deu ? E se foi Deus, porque não os tira ? E se Deus éa origem, porque não apenas adorar a Deus e esquecer o tal Diabo ? Na verdade tudo vem de Deus, mesmo o que nossas vãs mentes imaginem comosendo o mal. Na verdade o que existe é um relativo e minúsculo livre-arbítrioque leva qualquer pessoa a praticar o bem ou o mal, e isso é da iniciativa decada um, da consciência cultivada individualmente de cada ser. Está afirmadonas escrituras Védicas que a existência material está dividida em 4 eras, daqual a era atual, a quarta, chama-se Kali, que poderíamos traduzir como a eradas desavenças e hipocrisia. Sim, muita hipocrisia. E nessa era de Kali, ouKali-yuga, o bem e o mal existem dentro de cada ser vivo, o que difere deoutras eras passadas. Assim como a dualidade é perseverante. Essa dualidade existe no mundo material, temporário e difere de nossanatureza eterna e perfeita. No mundo espiritual, tudo deve ser, pela lógica,superior, supremo e claro, absoluto, logo a dualidade do bem e mal não existeno mundo espiritual e eterno. Existe apenas sat-cit-ananda, ou seja,conhecimento e bem-aventurança eternos. No entanto, um dos maiores defeitos do homem é tentar sempre culpar outros,ou culpar Deus, ou claro, o Diabo, mas a culpa pelos nossos erros, as reações aserem pagas por tais atitudes e suas conseqüências são de responsabilidadeexclusiva nossas. Culpar Deus ou o Diabo, que nem existe, é tentar acharjustificativas para nossas imperfeições ou erros e só demonstra nossa naturezamesquinha. Está dito que quando nos encontramos nesses corpos materiais, nessemundo material, estamos inevitavelmente sujeitos aos defeitos tais como serenganados, propensão a enganar os outros, cometer erros, etc., sendo assim, asescrituras antigas védicas, as mais antigas do mundo, afirmam que Deus, ouKrishna, está acima de tudo, haja vista que tudo vem dEle, e como afirmamosacima, todos os religiosos e espiritualistas concordam com isso. Somente Deus,ou Krishna, e Seus associados eternos (nitya-siddhas) estão livre dasinfluencias dos modos da natureza material, livre da ilusão e das imperfeições. Quanto a nós, somos perfeitamente servos eternos e amorosos daSuprema Personalidade de Deus também, associados dEle, mas nos encontramos naesfera material agora, da qual tudo e todos que não são associados eternos emamor a Deus estão cada qual com sua função. Ai se encaixam inclusive ossemideuses. Segundo o livro vaishnava Sri Harinam-Cintamani, de SrilaBhaktivinoda Thakura, o santo Haridas Thakura falou ao Senhor Sri KrishnaCaitanya Mahaprabhu, “não há lugar para os semideuses no mundo espiritual”.Sendo assim o Demônio estaria no plano dos defeituosos, pois até os semideuseso estão. Comentem erros e estão propensos a serem enganados. Também podemosafirmar uma máxima do filósofo Anselmo, que afirma que Deus é aquele que nadapode superar, ou seja, Deus é aquele ser que nada ou ninguém mais pode estaracima ou superior a Ele. Isso significa que o Diabo seria e estaria entre nós ! Os chamados semideuses, são seres como nós também, porém num nível maiselevado, embora ainda material e, logo, sujeitos a erros também. No entanto,são servos eternos de Deus, como todos nós. Servem a Deus em determinados“setores” da criação e manutenção material, sempre na dependência divina do seuSenhor, chamado nas escrituras antigas como Vishnu, ou o Senhor Vishnu.Inclusive o senhor da morte, conhecido nos Vedas como Yamaraja, nada tem havercom alguém mal, mas um servo de Deus que cumpre o destino de todos os seresnascidos nesse mundo material, ou seja, morrer, uma das misérias inevitáveis davida material. Até aqui algum leitor atencioso já poderia se perguntar: Então o demônioseria cada um de nós, dependendo de nossas atividades ? Sim, exato. O infernopode estar ali na esquina, depende de onde você mora, ou quais as suasatividades, consciência e consequentemente quais as suas reações a serem pagas,em outras palavras depende de seu Karma passado ou presente. É claro que asmesma linhas religiosas e/ou instituições ou igrejas que não aceitam essa noçãode Karma e reencarnação são as mesmas que utilizam o mito do demônio e nadaexplicam acerca disso tudo. Apenas impõe seus dogmas. Sem dúvida que existem casos paranormais e difíceis de serem explicados ouaceitos pelos humanos neófitos, mas isso nada tem haver com um ser de cifres,um garfo enorme em suas mãos e que adora devorar pessoas em seu planeta repletode fogo, dentre outras bobagens que beiram o cômico, se não fossemridiculamente prejudicial ás pessoas, pois as tornam medrosas diante de tudoque parece estranho ou desconhecido e as fazem ficar tão fascinadas com essemito, que não tem tempo para conhecerem acerca de Deus, de quem elas própriassão e para onde irão após a morte. Fantasmas e almas perdidas e com más intenções existem e isso é de fácilaceitação, mas acreditar que foram recrutadas para o “exército do mal”, é algoque poderíamos caracterizar com uma palavra que por si só já demonstra suaorigem e significado: bobo. Mais uma vez concluímos que nós mesmos, todos nós,seres humanos somos as fontes dos desastres, das maldades e misérias. Atividades demoníacas existem, mas não o Demônio, “o chefe da liga do mal”.Isso mais parece nome de desenho animado para adolescentes. Uma pessoa pode serum santo um “demônio” e lamentavelmente essas atividades demoníacas podem serfeitas até mesmo em nome de uma suposta religião, como por exemplo, matar emnome de Deus, explorar em nome de Deus, guerras em nome de um deus odioso,aterrorizar povos em nome de um suposto deus, etc., como infelizmente vimos naIdade Média em profusão, e antes em menor grau e ainda hoje com terroristas“religiosos”, etc., etc. Também há quem pratique atividades caracterizadas como demoníacas mesmo sendoateu, ou agnóstico. Sabemos de tantos casos, como estupros, assassinatos,roubos, matanças de animais, exploração, etc., são tantos casos que não vale ápena gerar tanta frustração diante do mundo aqui nesse mero resquício de umareflexão tão ampla, não é essa a nossa intenção. Nossa intenção aqui é instigar uma reflexão pessoal, individual e muitoprofunda acerca de uma farsa terrível e tão prejudicial ao ser humano quantoqualquer censura acerca de realidade material e espiritual. Não há nada queprove a existência de um Demônio, Diabo, Capeta, Satanás, “Cão”, "Chifrudo”,etc., a não ser o desejo fervoroso de alguns para obter poder através do medo.Algumas seitas atuais chegam ao cúmulo de falar tanto sobre o Demônio que nadafalam de Deus, nada conhecem acera de Deus, apenas se prega o medo, um medo aalgo ilusório e inexistente. É a religião do medo, das pessoas que odeiam tudoe todos e vivem com medo, “tirando o diabo do corpo” e chamando todos deadoradores do diabo. Como dissemos no início, é lamentável que exista uma difusão tão forte dessemito tão prejudicial ao bom senso e espiritualidade sã das pessoas em geral. Noentanto, embora lamentável, podemos superar a lamentação e determo-nos nodescobrimento acerca da realidade e na destruição de tal motivo para lamentaçãode qualquer um que busque a verdade, ao menos no que se concerne a nós mesmos.Assim pretendemos humildemente aqui ajudar a desvendar tal mito com o sincerodesejo de ajudar a elevação de todo àquele que procura por Deus, pela VerdadeAbsoluta pelo transcendente. Se uma pessoa puder ser agraciada com acompreensão que tentamos também encontrar aqui, nosso objetivo está cumprido.

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Radha - A Primeira Palavra Falada


Do livro de SS Mahanidhi Swami, Apreciando Sri Vrndavana Dhama, edição de 1995, páginas 160-161, editado por SS Mahanidhi Swami:

"Assim como Sri Krsna falava um idioma especial Vrajabhumi com as Gopis, actualmente nas povoações que rodeiam a Municipalidade de Vrndavana, os residentes falam um idioma singular chamado "Vrajabhasa".Poetizando os passatempos de Sri Krsna, Seus associados eternos recordam-nO cantando, enquanto realizam seus deveres quotidianos de bater manteiga, cozinhar doces e ordenhar as vacas.O Brahma Samhita descreve o mundo espiritual como um lugar aonde cada palavra é uma canção.Na Bhauma Vrndavana de hoje, ainda existem doces canções que glorificam as actividades recreativas de Sri Krsna.Circuambalando alegremente Vrndavana em Ekadasi, um pitoresco grupo de aldeãs canta uma melodia Vrajabhasa especial sobre como " apanhar o travesso ladrão de manteiga".Usando varas de madeira de sândalo e caminhando agilmente pelos caminhos estreitos que conectam os Templos Medievais, um brahmana idoso canta, "este brahmacari que dança com as esposas de outros.""Radha" é com frequência a primeira palavra falada por um bebé em Vraja.Nos braços da sua mãe, este mesmo bebé irá circuambular a Colina de Govardhana (uma distância de quatorze milhas) antes de poder caminhar, e dará seus primeiros passos no "Parikrama" ao redor do Templo de Radha Damodara.Srila Prabhupada conta:"Em Vrndavana, há um Mangal Arati exatamente as quatro da manhã.Imediatamente há um "dung, dung, dung" em todos os Templos.E as pessoas correm.Todos reúnem-se em frente à Deidade do Templo.Centenas de pessoas aparecem automaticamente."

Sri Vrndavana Dhama Ki Jaya!!!

Srila Prabhupada Ki Jaya!!!


posted by Prahladesh Dasa Adhikari at 6:58 PM