Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami
Jagad Guru Srila Prabhupada

quinta-feira, 26 de julho de 2007

A Origem do Movimento Hare Krisna


A Origem do Movimento Hare Krishna


Baseado na Introdução do Srimad-Bhagavatam escrita por सृला Prabhupada


Ο Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu, ο grande apóstolo do amor a Deus e ο pai do canto congregacional do santo nome do Senhor, apareceu em Sridhama Mayapura, um recanto da cidade de Navadvipa na Bengala, na noite de Phalguni Purnima do ano de 1407 Sakabda (correspondente a fevereiro de 1486 pelo calendário cristão).
Pela vontade do Senhor que houve um eclipse lunar naquela noite. Durante as horas do eclipse, ο público hindu costumava tomar banho no Ganges ou em qualquer outro rio sagrado e cantar os mantras védicos de purificação. Quando ο Senhor Caitanya nasceu, durante ο eclipse lunar, toda a Índia estrugia com ο som sagrado de Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Estes dezesseis nomes do Senhor são mencionados em muitos Puranas e Upanisads, e são descritos como ο Taraka-brahma nama desta era. É recomendado nos sastras que ο cantar inofensivo destes santos nomes do Senhor pode libertar uma alma caída do cativeiro material. Há inumeráveis nomes do Senhor tanto na Índia quanto fora da Índia, e todos eles são igualmente bons porque todos eles indicam a Suprema Personalidade de Deus. Mas, por estes dezesseis nomes serem recomendados especialmente para esta era, as pessoas devem tirar proveito deles e trilhar ο caminho dos grandes acaryas que alcançaram ο sucesso praticando as regras dos sastras (escrituras reveladas).
Esta ocorrência simultânea do aparecimento do Senhor e do eclipse lunar indicava a missão distintiva do Senhor. Esta missão consistia em pregar a importância de cantar os santos nomes do Senhor nesta era de Κali (desavença). Na era atual, briga-se até por ninharias, e por isso os sastras recomendam para esta era uma plataforma comum de auto-realização, a saber, ο canto dos santos nomes do Senhor. As pessoas poderão promover encontros para glorificar ο Senhor em suas respectivas línguas e com canções melodiosas, e, se tais encontros forem feitos de maneira inofensiva, é certo que gradualmente os participantes alcançarão a perfeição espiritual sem ter que se submeter a métodos mais rigorosos. Em tais encontros, todos — os intelectuais e os ignorantes, os ricos e os pobres, os hindus e os muçulmanos, os ingleses e os indianos e os candalas e os brahmanas — poderao ouvir os sons transcendentais e, assim, limpar ο espelho do coração da poeira contaminante da matéria. Para confirmar a missão do Senhor, todas as pessoas do mundo aceitarão ο santo nome do Senhor como a plataforma comum para a religião universal da humanidade. Em outras palavras, ο advento do santo nome ocorreu juntamente com ο advento do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu.
Quando ο Senhor era ainda um neném de colo, Ele parava imediatamente de chorar assim que as senhoras à Sua volta cantavam os santos nomes e batiam palmas. Este incidente peculiar foi observado pelos vizinhos com respeito e veneração. Às vezes, as mocinhas sentiam prazer em fazer ο Senhor chorar para então fazê-lO parar, cantando ο santo nome. Destarte, desde Sua infância, ο Senhor começou a pregar a importância do santo nome.
Aos dezesseis anos ele ficou conhecido como o maior erudito de toda Índia, e era chamado de Nimai Pandita. Depois, então, ο Senhor casou-Se com grande pompa e alegria, e, por esta época, Ele começou a pregar ο canto congregacional do santo nome do Senhor em Navadvipa. Alguns dos brahmanas ficaram com inveja de Sua popularidade, e puseram muitos obstáculos em Seu caminho. Eram tão invejosos que por fim levaram a questão perante ο magistrado muçulmano de Navadvipa. Naquela época a Bengala era governada por Patanes, e ο governador da província era ο Nawab Hussain Shah. Ο magistrado muçulmano de Navadvipa levou a sério as queixas dos brahmanas, e a princípio advertiu os seguidores de Nimai Pandita a que nãο cantassem em voz alta ο nome de Ηari. Mas, ο Senhor Caitanya mandou que Seus seguidores desobedecessem às ordens do Kazi, e, como de costume, eles continuaram com seu grupo de sankirtana (canto).
Ο magistrado, então, mandou policiais que interromperam ο sankirtana e quebraram algumas das mridangas (tambores). Quando Nimai Pandita ouviu falar deste incidente, Ele organizou um partido de desobediência civil. Ele é ο pioneiro do movimento de desobediência civil na Índia em prol de causas justas. Organizou uma procissão de cem mil homens com milhares de mridangas e karatalas (címbalos de mão), e esta procissão passou pelas ruas de Navadvipa em desafio ao Kazi que havia baixado a proibição. Finalmente a procissão chegou à casa do Kazi, ο qual subiu as escadas com medo da massa popular. A grande multidão reunida em frente à casa do Kazi revelava uma disposição agressiva, mas ο Senhor mandou que eles ficassem pacíficos. Nessa altura, ο Kazi desceu da casa e tentou apaziguar ο Senhor, chamando-Ο de sobrinho. Ele assinalou que Nilambara Cakravarti chamava-o de tio, e, conseqüentemente, Srimati Sacidevi, a mãe de Nimai Pandita, era sua irmã. Ele perguntou ao Senhor se ο filho de sua irmã poderia ficar zangado com Seu tio materno, e ο Senhor respondeu que, uma vez que ο Kazi era Seu tio materno, ele devia receber seu sobrinho bem em casa. Dessa maneira, os dois sábios eruditos chegaram a um acordo, e em seguida começaram uma longa discussão sobre ο Alcorão e os sastras hindus. Ο Senhor levantou a questão da matança de vacas, e ο Kazi respondeu-Lhe devidamente, referindo-se ao Alcorão. Por sua vez, ο Kazi também questionou ο Senhor acerca do sacrifício de vacas nos Vedas, e ο Senhor respondeu que este sacrifício que é mencionado nos Vedas não é realmente matança de vacas. Neste sacrifício, um touro ou uma vaca velha era sacrificado para receber nova vida através do poder de mantras védicos. Mas, na Κali-yuga, esses sacrifícios de vacas são proibidos porque não há brahmanas qualificados capazes de conduzir tal sacrifício. De fato, na ΚaΙi-yuga todos os yajnas (sacrifίcios) são proibidos porque são tentativas inúteis feitas por homens ignorantes. Na Kali-yuga, somente ο sankirtana yajna é recomendado para todos os propósitos práticos. Falando assim, ο Senhor finalmente convenceu ο Kazi, que se tornou seguidor do Senhor. A partir desse dia, ο Kazi declarou que ninguém deveria impedir ο movimento sankirtana inaugurado pelo Senhor, e deixou esta ordem em seu testamento para ο conhecimento de seus descendentes. Ο túmulo do Kazi ainda existe na área de Navadvipa, e os peregrinos hindus vão ali prestar-lhe seus respeitos. Os descendentes do Kazi ainda moram nesta região, e nunca se opuseram ao sankirtana, mesmo durante os dias de tumulto entre hindus e muçulmanos.
Após este incidente, ο Senhor começou a pregar e propagar Seu Bhagavata-dharma, ou movimento sankirtana, mais vigorosamente. Ele costumava mandar diariamente todos os Seus seguidores, incluindo Srila Nityananda Prabhu e Thakura Haridasa, dois membros principais de Seu grupo, de porta em porta para pregar ο Srimad-Bhagavatam, essa ciência espiritual da consciência de Krishna.
Certa vez, Nityananda Prabhu e Srila Haridasa Thakura estavam andando por uma rua principal, e, no caminho, depararam com uma multidão em tumulto. Indagando de transeuntes, ficaram sabendo que dois irmãos, chamados Jagai e Madhai, estavam provocando distúrbio público em estado de embriaguez. Ficaram informados, também, que estes dois irmãos haviam nascido em uma respeitável família de brahmaŠas, mas, por causa de más companhias, tinham se transformado em libertinos da pior espécie. Eles não eram apenas beberrões, mas também comedores de carne, caçadores de mulheres, ladrões e pecadores da pior espécie. Srila Nityananda Prabhu inteirou-Se de todas essas histórias e decidiu que estas duas almas caídas teriam de ser as primeiras a serem salvas. Com efeito, se fossem libertados de sua vida pecaminosa, redundaria daí maior glória do bom nome do Senhor Caitanya. Pensando dessa maneira, Nityananda Prabhu e Haridasa abriram caminho no meio da multidão e pediram aos dois irmãos que cantassem os santos nomes do Senhor Hari. Os dois bêbados enfureceram-se com este pedido e atacaram Nityananda Prabhu, dizendo palavrões. Ambos os irmãos perseguiram-nos por uma distância considerável. À noite, foi apresentado ao Senhor ο relatório do trabalho de pregação, e Ele ficou contente ao saber que Nityananda e Haridasa tinham tentado salvar dois sujeitos tão estúpidos.
No dia seguinte, Nityananda Prabhu foi ver os irmãos, e assim que Se aproximou deles, um deles atirou-Lhe um caco de pote de barro. Este caco de barro feriu-Ο na testa, e imediatamente começou a jorrar sangue. Nityananda Prabhu, bondoso como era, em vez de protestar contra este ato abominável, disse: “Não Me importa que tenhais atirado esta pedra em Mim. Ainda assim, peço-vos que canteis ο santo nome do Senhor Hari."
Um dos irmãos, Jagai, surpreendeu-se ao ver esta atitude de Nityananda Prabhu, e caiu imediatamente a Seus pés, pedindo-Lhe que perdoasse a seu irmão pecaminoso. Quando Madhai tentou novamente agredir Nityananda Prabhu, Jagai impediu-o e implorou-lhe que se lançasse a Seus pés. Enquanto isso, a notícia do ferimento de Nityananda chegava aos ouvidos do Senhor, que correu imediatamente para ο local, em atitude impetuosa e iracunda. Ο Senhor invocou imediatamente a Sua sudarsana cakra (a arma final do Senhor, que tem a forma de uma roda) para matar os pecadores, mas Nityananda Prabhu recordou-Lhe Sua missão. A missão do Senhor é salvar as almas desamparadamente caídas de Kali-yuga, e os irmãos Jagai e Madhai eram exemplos típicos de tais almas caídas. Noventa por cento da população desta era assemelha-se a estes irmãos, a despeito de bom nascimento e respeitabilidade mundana.
Certa vez, o grande sannyasi Mayavadi Prakasananda perguntou ao Senhor qual era ο motivo de Ele preferir ο movimento sankirtana a estudar ο Vedanta-sūtra. Prakasananda disse que é dever de um sannyasi ler ο Vedanta-sūtra. Que fez com que ο Senhor Se entregasse ao sankirtana?
Após esta pergunta, ο Senhor respondeu humildemente: —Eu aceitei ο movimento sankirtana ao em vez do estudo do Vedanta porque sou um grande tolo." Ο Senhor, assim, fez-Se passar por um dos inumeráveis tolos desta era que são absolutamente incapazes de estudar a filosofia Vedanta. A dedicação dos tolos ao estudo do Vedanta tem feito muitos estragos na sociedade. Ο Senhor continuou então: “Ε, por Eu ser um grande tolo, Meu mestre espiritual proibiu-Me de tocar na filosofia Vedanta. Ele disse que é melhor Eu cantar ο santo nome do Senhor, pois este canto Me libertará do cativeiro material.
"Nesta era de Kali, não há outra religião além da glorificação do Senhor proferindo Seu santo nome, e este é ο preceito de todas as escrituras reveladas. Ε Meu mestre espiritual ensinou-Me um sloka (do Brihan-naradiya Purana):
harer nama harer nama harer namaiva kevalamkalau nasty eva nasty eva nasty eva gatir anyatha
"De modo que por ordem de Meu mestre espiritual, Eu canto o santo nome de Ηari, e agora estou louco por este santo nome. Sempre que profiro ο santo nome Me esqueço de Mim Mesmo completamente, e às vezes dou gargalhadas, choro e danço como um louco. Eu achava que tinha realmente enlouquecido por este processo de cantar, e por isso perguntei a Meu mestre espiritual a respeito disto. Ele Me informou que este era ο verdadeiro efeito produzido por se cantar ο santo nome: uma emoção transcendental que é uma manifestação rara. Esta manifestação é ο sinal do amor a Deus, que é a meta última da vida. Ο amor a Deus é transcendental à liberação [mukti], e por conseguinte é chamado ο quinto estágio de compreensão espiritual, acima do estágio da liberação. Cantando-se ο santo nome de Krishna, atinge-se ο estágio de amor a Deus, e foi bom que por felicidade fui favorecido com esta bênção."
O Senhor Chaitanya é o próprio Krishna, Deus, e, portanto, nunca um tolo. Mas nós podemos seguir o exemplo misericordioso dEle e adotar com firme determinação o cantar dos santos nomes de Deus para atingir o objetivo último da vida: amor puro por Deus. Tudo está incluso no cantar de Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare / Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Precisamos apenas aceitar essa intemporal tradição que chega a nós através da linha de sucessão discipular vinda de Krishna e do Senhor Chaitanya.

Buscando o Nosso Verdadeiro Interesse



Buscando o Nosso Verdadeiro Interesse

É com muita satisfação que iniciamos o Instituto Bhaktivedanta de Estudos Vaishnavas. Para aqueles que ainda não estão familiarizados com as palavras sânscritas "bhaktivedanta" e "vaishnava", gostaríamos de apresentar os seus significados básicos. Podemos dividir a palavra "bhaktivedanta" em três: "bhakti", "veda" e "antah". "Antah" significa meta, finalidade ou objetivo, e a palavra "veda" significa "conhecimento verdadeiro". De modo que a palavra "vedanta" significa o conhecimento que nos leva a uma verdadeira conclusão, um conhecimento que tem um objetivo claro. E qual seria este objetivo? Isto é respondido no Srimad-Bhagavatam (7.5.31), o mais importante Purana, da seguinte maneira: svartha-gatim hi vishnum, a verdadeira meta da vida, ou nosso verdadeiro interesse é alcançar Vishnu, a Pessoa Suprema.
Além de ser de menor importância, qualquer interesse diferente de Vishnu é automaticamente satisfeito quando O alcançamos e harmonizamos nossa vida com Ele. Este é também o significado da palavra "vaishnava". Vaishnava é, portanto, a denominação dos seguidores de Vishnu, ou Krishna. Eles devotam suas atividades seguindo as instruções encontradas na Bhagavad-gita e, assim, agem com o propósito de alcançá-lO. "Bhakti" é a palavra que define esta devoção. Portanto, bhakti-yoga é o processo através do qual se purificam os sentidos, mente e inteligência através de práticas espirituais objetivas e se estabelece uma conexão direta com a Pessoa Suprema. Da palavra Vaishnava surge o Vaishnavismo, com sua teologia simultaneamente monista e dualista, conforme apresentado por Sri Chaitanya Mahaprabhu através da filosofia achintya-bhedabheda.
O Vaishnavismo defende que a Verdade Absoluta é Achintya, paradoxalmente pessoal e impessoal. Ou seja, Vishnu, Quem tudo permeia, é onipresente, e a energia cósmica é Sua manifestação divina. Entretanto, além deste aspecto impessoal, em última análise, Ele é a pessoa suprema e original. Acompanhado de Sri Lakshmi, a deusa da fortuna, Vishnu reside além das coberturas materiais do Universo e visita o mundo material a intervalos, quando aparece como um avatar, ou encarnação divina (Bhagavad-gita 4.7-8). O Vaishnavismo centraliza sua adoração não exclusivamente a Vishnu, mas também aos avataras, dos quais Krishna e Rama são os mais conhecidos.
O Vaishnavismo possui uma história antiqüíssima e recentemente foi propagado em especial pelos dois grandes acharyas, ou mestres, Ramanuja (1017 d.C.) e Madhva (1200 d.C.). Filosoficamente, o Vaishnavismo estende-se do dualismo (dvaita) de Madhva, passa pelo não-dualismo qualificado (vishistadvaita) de Ramanuja e encontra seu grande equilíbrio e síntese com Chaitanya Mahaprabhu (1486 d.C.). Além de demonstrar de forma prática Seus ensinamentos (que nada diferem dos ensinamentos de Sri Krishna na Bhagavad-gita), Mahaprabhu propaga que, apesar de qualitativamente iguais, Deus e as almas são por natureza distintos, e o verdadeiro destino das almas individuais é desenvolver bhakti pura por Deus, Vishnu, ou Krishna. Com isto, se alcança a morada eterna e transcendental.
O Senhor Chaitanya predisse que o Vaishnavismo assumiria proporções gigantescas e se espalharia por toda a Terra. De fato, nos meados dos anos sessenta, depois da chegada de Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami na América, o Vaishnavismo gradativamente ganhou o mundo todo. Devido ao seu esforço devocional, o acesso à Consciência de Krishna se tornou plenamente possível em praticamente todas as principais cidades. Agora, portanto, podemos encontrar Vaishnavas, ou devotos de Krishna, não apenas cantando alegremente nas ruas, mas interagindo com a sociedade em universidades, empresas, comércio etc.
Aos mais interessados na filosofia, queremos convidá-los para visitar o nosso menu principal e, no item FILOSOFIA, desfrutar dos textos que ajudarão na compreensão da Teologia Vaishnava, ou Consciência de Krishna como é mais conhecida. Estudando-a, a partir de perspectivas abrangentes, uma pessoa pode facilmente aplicá-la e, assim, aperfeiçoar diferentes aspectos externos e internos de sua vida. Na realidade, ao formarmos o IBEV e trabalharmos para disseminar uma filosofia espiritual autorizada, ambicionamos despertar nos nossos alunos a capacidade de analisar, interpretar e avaliar suas vidas, sempre levando em consideração a aplicação prática do conhecimento Vaishnava.

Essas Histórias revigoram nosso ânimo de viver!


Essas Histórias revigoram nosso ânimo de viver!Às vezes convivemos tantos anos com nossos irmãos espirituais, irmãs, sobrinhos, sobrinhas, etc... e pouco sabemos deles। Essas histórias nos aproximam e nos unem। Neste momento estou recebendo Drutakarma Prabhu em Campina Grande। Ele é um devoto muito humilde e sábio que tem feito uma excelente pregação para a missão de Prabhupada। Aqui ele está falando em inglês, mas, já está lendo em português com boa pronúncia e tudo। Hoje eu traduzi sua aula do Bhagavatam do Inglês para o português mas, ele leu o texto diretamente de nosso livro editado pela BBT Brasil। No começo do Movimento tive oportunidade de traduzir para o português muitos palestrantes em Inglês। O primeiro devoto que conheci era Americano, seu nome era Dhruvananda e, como eu era um estudante universitário engajado no movimento estudantil, consegui muitas palestras em faculdades, escolas de yoga e restaurantes macrobióticos। Depois que fui para NG eu praticamente não fiz mais nenhum serviço de tradução porque havia muitos devotos melhores que eu nesse serviço। Hoje, tive a oportunidade de prestar esse tipo de serviço de novo e me lembrei de uma coisa interessante, praticamente uma piada। Era fevereiro de 1978, um dia antes de Nityananda Mahotsava। Hridayananda Maharaja estava visitando o pequeno templo de Salvador e eu o recepcionava na melhor de minha condição como um devoto externo e dentista. Ele já sabia falar bom português, mas, sempre que tinha dúvida durante suas palestras, olhava para mim para confirmar e eu confirmava ou o corrigia. Fiquei mal acostumado... Um dado momento, Phanindra Prabhu, o presidente do templo pediu que eu fosse comprar as oferendas para a cerimônia de fogo de minha segunda iniciação bem como da primeira iniciação de Bhakta Sérgio. Enquanto eu me preparava para sair, Hridayananda Maharaja apareceu e me perguntou para onde eu ia. Um pouco tímido de revelar para que seriam as compras, eu lhe disse que eram para a primeira iniciação de Bhakta Sérgio, (hoje Sahadeva das). O momento histórico é relevante. Prabhupada havia deixado o planeta em novembro de 77 e os novos gurus ainda não estavam iniciando porque ainda não tinha acontecido a reunião do GBC que anualmente é realizada em Mayapur durante o festival de gaura purnima, onde o assunto da sucessão discipular de Prabhupada seria discutido. Eu havia recebido primeira iniciação em agosto de 77, dois meses antes de Prabhupada deixar o planeta. Então, para receber a segunda, havia uma situação inusitada. O presidente organizou tudo e também organizou a primeira iniciação de Sérgio, mas, não tinha consultado o Maharaja. Então HDG, falou em português: "- Iniciação? Não, eu não posso dar iniciação porque sou um patifo" Como eu estava mal acostumado em corrigir seus erros de português, disse, ali na frente de todo mundo: "- Patifo não Maharaja, patife." Então, com seu humor, muito familiar para nós brasileiros, Ele virou-se para todos e disse: "- Viram, ele concorda que eu seja um patife॥" Passei vergonha ali na frente de todo mundo, não sabendo o que falar ou fazer. Afinal, eu não tinha intimidade alguma com o Maharaja e não queria, obviamente, constrangê-lo. Já que eu disse que o momento histórico era relevante vou continuar o relato só para contribuir com meu testemunho. Phanindra, o presidente, interferiu e disse: "- Então pelo menos o senhor pode dar a segunda iniciação de Dhanvantari." Aí ele respondeu: " Ah, tudo bem. Segunda iniciação eu posso dar porque antes de Prabhupada deixar este mundo eu já estava iniciando discípulos para ele." Foi então que recebi a segunda iniciação no dia de Nityananda, um mês antes do gaura purnima de 1978 e ouvi o gayatri de Srila Prabhupada. Seu servo,


Dhanvantari Swami