Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A filosofia mayavada de Schopenhauer e a Filosofia Vedanta




Todas as glórias a Sri Sri Guru e gauranga!
Todas as glórias a Srila Prabhupada!
Todas as glórias aos devotos e devotas reunidos!

A filosofia mayavada de Schopenhauer e a Filosofia Vedanta
chandramukha swami e suvasa dasa

O filósofo Arthur Schopenhauer, ficou famoso por sua filosofia pessimista. Não é por menos, o filósofo compara o mundo como uma representação a uma ilusão, como o véu de Maya na nossa filosofia Vedanta. Na obra “O mundo como vontade e representação”, encontramos duas proposições-chave de sua filosofia, enunciadas por ele como verdades incontestáveis, mesmo que num primeiro momento elas possam causar repulsa e fazer os homens tremerem, afirma Raquel Moreira, Bacharel em filosofia pela USP. Schopenhauer pauta sua filosofia em “o mundo é a minha representação e o mundo é a minha vontade”.

Tendo como ponto de partida a filosofia kantiana, Schopenhauer é bem direto e diz que não podemos afirmar que conhecemos de fato isso e aquilo, estes e aqueles determinados objetos, mas sim que conhecemos o que percebemos deles – sendo que o que percebemos deles não são os objetos tais como são em si em sua essência. “O que conhecemos de tudo aa nossa volta é apenas a nossa representação, termo de Schopenhauer que reelabora o fenômeno de que Kant fala.“Tudo o que conhecemos do mundo, tudo o que dele percebemos é nossa representação. Arthur Schopenhauer abre sua principal obra enunciando: “o mundo é a minha representação.”.

De certa forma, Schopenhauer tem razão, este mundo é “dukhalayam asasvatham”, miserável e temporário. Sabemos que este mundo é uma representação pervertida do mundo espiritual.

Na filosofia de Schopenhauer, o sujeito não é insignificante ele é apresentado como sendo o sustentáculo do mundo. Segundo ele, se todos desaparecessem, e apenas você existisse, a representação do mundo dependeria de sua existência. E se você desaparecesse, este mundo também sumiria. Isso literalmente. Se fôssemos todos conscientes de KRSNA, servos fiéis e nem um pouco invejosos, não haveria necessidade deste mundo material.

Srila Prabhupada diz na Bhagavad-Gita cap. 07, que o conhecimento completo e científico é KRSNA. E tudo se revela à pessoa em consciência de Krsna. Parece-me que Schopenhauer teve contato com o vedantismo. Porém, ele não conseguiu captar a essência. Sua filosofia é totalmente mayavada. Não há Deus. Quando ele fala da coisa-em-si e da vontade, ele nos deixa perceber que o homem é capaz de tudo e é independente. Na BG cap. 5:14 diz: “O espírito corporificado, mestre da cidade de seu corpo, não cria atividades, não induz as pessoas a agirem nem cria os frutos da ação. Tudo isto se desenvolve pelos modos da natureza material.”. Srila Prabhupada diz: Em completa consciência de KRSNA a pessoa sabe que KRSNA é o conhecimento último além de quaisquer dúvidas.

Os primeiros seis capítulos da Bhagavad-Gita descrevem a entidade viva como uma alma espiritual não-material que é capaz de se elevar à auto-realização através de diferentes tipos de yogas. É afirmado no fim do sexto capítulo, que a concentração firme da mente em KRSNA, ou seja, a consciência de KRSNA, é a forma mais elevada de todas as yogas. Portanto, “a coisa-em-si e a vontade” pregadas por Schopenhauer, são as leis que regem este universo, são em última instância, KRSNA, a Suprema Personalidade de Deus. Alguém poderia conjecturar que não podemos provar cientificamente que KRSNA é Deus. Todavia, Anselmo em seu “argumento ontológico”, diz que se há alguém superior, este alguém é Deus. Até hoje, ninguém provou o contrário.

KRSNA diz na BG: Aquele cuja mente está fixa em Minha forma pessoal, sempre ocupado em Me adorar com grande fé transcendental, Eu considero o mais perfeito. No significado, Srila Prabhupada afirma que para uma pessoa em consciência de KRSNA não há atividades materiais porque tudo é feito por KRSNA.

E o sofrimento? ParaSchopenhauer tudo é sofrimento. Schopenhauer não estava livre do sofrimento. Sua filosofia não foi capaz de salvá-lo das misérias do mundo material. Ele não nos apresenta nenhuma fórmula para cessarmos nosso sofrimento. No oitavo capítulo da Bhagavad Gitase afirma que quem quer que pense em KRSNA no momento da morte transfere-se de imediato ao céu espiritual, a morada de KRSNA.

A filosofia pessimista de Schopenhauer vendo por outro ângulo, nos faz buscar outros conhecimentos e nessa busca, podemos até chegar à filosofia vedanta. Por ser uma filosofia complexa, daria para escrever um livro falando sobre alguns pontos. Porém, nosso objetivo é o homem como o centro de tudo.

Para Schopenhauer, o conhecimento do corpo como representação e como vontade não é uma verdade lógica, nem empírica, nem metafísica: é a verdade filosófica por excelência.

No cap. 4:38 da BG, temos a seguinte informação: Neste mundo, não há nada tão sublime e puro como o conhecimento transcendental. Este conhecimento é o fruto maduro de todo o misticismo. E aquele que o alcançou, desfruta do eu que está dentro de si mesmo no devido curso do tempo. No significado Srila Prabhupada diz que quando a pessoa está situada em conhecimento transcendental, ela não necessita procurar pela paz em nenhuma outra parte, pois ela desfruta da paz dentro de si mesma. Conhecimento transcendental é exatamente o que falta na filosofia de Arthur Schopenhauer, já que sua filosofia está pautada no homem como centro.

Seu servo humilde,
Suvasa Dasa

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BG Cap. 5:18 Vidya-vinaya Sampane, Brahmane Gavi Hastini, Shuni Caiva Shvapake ca, Panditah sama-Darshinah