Dedicado a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedenta Swami Prabhupada e Gurudeva Srila Dhanvantari Swami

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Jagad Guru Srila Prabhupada

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Divorciando-nos da Filha do Tempo - Divorcing the Daughter of Time




Do site Krsna.com

Divorciando-nos da Filha do Tempo - Divorcing the Daughter of Time

por Ananta-Shakti Dasa


A busca do homem pelo elixir da imortalidade continua, e a velhice continua atacando suas esperanças.

Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonito do que eu?

"Certamente existem muitas pessoas mais bonitas do que eu", penso quando vejo um rosto feio e carrancudo refletido no espelho de meu banheiro. Ao que os anos vão passando, papadas vão crescendo ao redor dos olhos, varizes descolorem a pele que antes era lisa e bela, e os dentes são uma preocupação constante. Nas prateleiras das farmácias, há tonificantes para pessoas acima dos quarenta, e tônicos para a cura da queda de cabelo - apenas poucos exemplos de tudo o que querem vender.

A velhice, a "filha do tempo", ataca-nos a todos, quer gostemos quer não. Essa senhorita, não muito benquista, é assistida por muitas criadas, como a surdez, a artrite e a senilidade. Seu primeiro olhar sobre nós altera nosso caminhar e afrouxa a nossa pele. Esforçamo-nos em vão tentando impedir seus avanços com cirurgias estéticas e transplantes de órgãos. Senhoras com implante capilar vermelho e máscaras de pó de arroz escondem peritamente os odores do corpo com pesadas essências, e vestem luvas e jóias brilhantes para conduzirem nossos olhos para longe de sua pele seca.

Ah... Tudo isso é vaidade, uma triste máscara para a velhice. Ela é incansável
e nos coagi a nos rendermos a suas sempre-crescentes demandas, até que, como
vítimas desamparadas, somos facilmente entregues nas mãos da morte.

Não há nada mais efetivo do que a velhice para desfazer o mito da juventude
eterna neste mundo. Mesmo o yogi, que graças ao controle respiratório vive por
centenas de anos - ele, também, terá eventualmente que abandonar sua roupagem
mortal.

Ainda assim, apenar dos fatos serem como são, a aspiração pela juventude eterna é intrínseca a todos nós, assim como a doçura está presente em cada grão de açúcar.

A juventude eterna, então, seria um sonho impossível, algo idealizado por desespero? A resposta perfeita é dada pela pessoa perfeita - o Senhor Krsna, Deus em pessoa. No Bhagavad-gita (2.20), o Senhor Krsna se dirige a Arjuna, Seu querido amigo e devoto:

na jayate mriyate va kadacin
nayam bhutva bhavita va na bhuyah
ajo nityah shashvato 'yam purano
na hanyate hanyamane sharire

"Para a alma, não há, em tempo algum, nascimento ou morte. Ela não passou a existir, não passa a existir, nem passará a existir. Ela é não-nascida, eterna, sempre-existente e primordial. Ela não morre quando o corpo morre".

Os termos jovem e velho se referem unicamente ao corpo temporário, e não à alma. Aquele que se livra da consciência corpórea pode conhecer a natureza sempre-jovem da alma.


A chave para se obter tal desejado estado de consciência é entender que, como almas espirituais, somos eternas partes fragmentárias da alma espiritual suprema, o Senhor Krsna, e que nossa relação natural com Ele é de serviço devocional. Quando agimos com essa consciência, podemos desfrutar de felicidade ilimitada em relação com o Senhor Supremo.

O Senhor Krsna, embora a pessoa mais velha, é celebrado como nava-yauvana, eternamente jovem. Ele é Govinda, aquele que dá prazer aos sentidos, e Ele é Adi-purusha, o desfrutador original. Assim, Krsna é a fonte da juventude que ansiamos beber. Se fazemos parte de Seu serviço amoroso, especialmente através do cantar de Seus nomes, ganhamos Sua associação e nos tornamos plenamente
rejuvenescidos.

Tradução por Bhagavan dasa (DvS)

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